Questionado pelos jornalistas acerca da nova presidente daquela unidade de saúde, o governante realçou que vai decorrer o “processo normal”, com a audição na comissão da Assembleia Regional, seguindo-se a tomada de posse e a constituição da equipa.

“Tudo isto está a ser trabalhado com sentido de responsabilidade para que os cuidados de saúde sejam prestados com eficácia e de acordo com a expectativa da população”, assegurou, falando em Ponta Delgada, após uma reunião com os institutos de saúde mental.

A economista consultora e docente na Universidade dos Açores Manuela Gomes de Menezes é a nova presidente do conselho de administração do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, anunciou na segunda-feira o executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM).

A indicação da nova administradora, nascida em 25 de março de 1976 (46 anos), foi divulgada em comunicado pelo Governo Regional, após uma reunião do Conselho do Governo, realizada em Ponta Delgada na quinta-feira.

Clélio Meneses rejeitou justificar a escolha, destacando que foi uma decisão tomada pelo Conselho de Governo Regional.

“Foi uma decisão do Conselho de Governo, que decidiu com base nos critérios que o Conselho do Governo entendeu. Não fui porta-voz dessa decisão e por isso não me vou pronunciar sobre isso. Foram os critérios adequados àquilo que se entende que é a responsabilidade do HDES”, afirmou.

Questionado sobre se acredita na capacidade da nova administração do HDES para promover a paz social interna, o secretário da Saúde disse ser um “objetivo” a “construção de soluções por parte de todos” em todas as unidades de saúde da região.

“A minha expectativa [para o HDES] é sempre a mesma desde o início das funções. É de que os cuidados de saúde sejam prestados com maior rapidez e proximidade e que os cidadãos sintam confiança no serviço de saúde. Este é o grande desafio deste tempo”, reforçou.

Em 02 de dezembro de 2022, a presidente do HDES, Cristina Fraga, demitiu-se na sequência da demissão de 21 dos 25 diretores de serviços, que denunciaram problemas nas escalas da unidade.

Em novembro, cerca de 400 médicos da região (191 do Hospital do Divino Espírito Santo) tinham manifestado indisponibilidade para fazer mais do que as 150 horas de trabalho extraordinário obrigatórias por lei, reclamando um pedido de desculpas do vice-presidente do executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM.

Artur Lima (CDS-PP) tinha afirmado em 11 de novembro que os médicos “não podem usar o dinheiro como moeda de troca para dispensar” a prestação de cuidados.

Segundo informação divulgada pelo Governo Regional, Manuela Gomes de Menezes é desde 2018 docente convidada na Universidade dos Açores, lecionando nas áreas de Economia, Gestão, Turismo e Relações Públicas.

LUSA/HN