O Ministério Público de Bergamo, cidade lombarda no norte da Itália que teve um dos principais focos de coronavírus no início da pandemia na Europa, encerrou a investigação após três anos, segundo os principais jornais diários, incluindo o Il Corriere della Sera.
Giuseppe Conte, primeiro-ministro de 2018 a 2021 e atual presidente do Movimento 5 Estrelas, o partido populista da oposição, foi ouvido por um magistrado sobre a gestão desta crise em junho de 2020.
Os magistrados suspeitam que Giuseppe Conte e o governo de que fez parte subestimaram a propagação do vírus, embora os dados à sua disposição mostrem que a situação em Bérgamo e arredores estava a piorar rapidamente, enquanto a polícia se preparava para isolar essas áreas do resto do país.
Os magistrados censuram-nos, em particular, por não terem criado entre 03 e 09 de março de 2020 uma “zona vermelha” composta por dois municípios desta zona, Nembro e Alzano Lombardo, particularmente afetados pela covid-19.
O Ministério Público de Bergamo acusa 19 pessoas na sua investigação preliminar, incluindo, além de Giuseppe Conte, o seu ministro da Saúde, Roberto Speranza, o presidente da região da Lombardia, Attilio Fontana, ainda no cargo.
As primeiras “zonas vermelhas” foram estabelecidas no final de fevereiro de 2020 por decisão do governo numa dezena de municípios lombardos, em particular Codogno, a cidade do “paciente número um”.
LUSA/HN
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