Num esclarecimento enviado à agência Lusa, assinado por Miguel Xavier e Cristina Marques, os representantes da coordenação nacional asseguram que o novo modelo de funcionamento das urgências do hospital em Lisboa não coloca em causa os “cuidados e a segurança dos utentes”.
“Esta reconfiguração teve como objetivo principal melhorar o acesso de crianças e adolescentes aos cuidados de saúde mental, tendo em conta os recursos humanos existentes nesta especialidade no momento presente”, justificam.
Desde quarta-feira que o Serviço de Urgência de Pedopsiquiatria de Infância e Adolescência no Hospital Dona Estefânia passou a encerrar durante a noite. Com o novo modelo, a partir das 20:00 os casos de saúde mental passam para as urgências pediátricas gerais.
Na quinta-feira, o diretor de Pediatria do hospital Dona Estefânia alertou para o aumento de casos de saúde mental, criticando o encerramento noturno das urgências de pedopsiquiatria no hospital, que servem a região de Lisboa e todo o sul do país, e relatou que na primeira noite o novo modelo já revelou fragilidades.
Pela coordenação nacional, Miguel Xavier e Cristina Marques referem que, “como é habitual neste tipo de processos, é expectável que a entrada em rotina de novos procedimentos demore sempre algum tempo”.
“A implementação deste modelo será acompanhada continuamente, de modo que se possa avaliar a sua efetividade, e efetuar os ajustamentos que forem sendo considerados necessários para garantir os melhores níveis de prestação de cuidados a crianças e adolescentes que recorram a todo o Serviço Nacional de Saúde”, acrescentam no esclarecimento”.
LUSA/HN
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