O MASMI reuniu na segunda-feira com o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, a quem expôs todo o percurso realizado até ao momento, assim como todas as suas preocupações.
“Após a reunião, sentimos um grande empenho e vontade em encontrar soluções para que o Departamento de Saúde da Criança e da Mulher da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda seja sustentável para o futuro. De uma forma objetiva foi-nos prometido que existe motivação na procura de soluções para o futuro desta unidade, assim como para que a segunda fase do hospital seja uma realidade”, disse hoje à agência Lusa Ismael Escudeiro, porta-voz do movimento.
Segundo aquele responsável, “há trabalho a ser realizado para encontrar soluções”, mas a sua divulgação será feita “por quem de direito”.
Ismael Escudeiro também referiu que os elementos do MASMI saíram “satisfeitos” da reunião com o titular da Saúde.
“Sentimos que há ideias para se encontrarem soluções. Ficámos com a ideia de que esse trabalho já está a ser feito, já está em andamento. Também ficámos com a ideia de que não é exclusivamente aqui para o nosso caso. Estas carências não acontecem só na nossa unidade, acontecem pelo país inteiro”, sublinhou.
O mesmo responsável adiantou que, por parte do Governo, existe “um tratamento diferenciado quer se trate de regiões de baixa densidade, ou as outras que não têm baixa densidade, com alta densidade, como será a grande parte dos concelhos que estão no litoral”.
Em relação à maternidade do hospital da Guarda, Ismael Escudeiro referiu que, estando obras a decorrer, tudo aponta para que o Departamento de Saúde da Criança e da Mulher da ULS tenha futuro, tendo até em conta que “todo o projeto está aprovado por todos os organismos do Ministério da Saúde para este fim”.
A empreitada de requalificação do edifício 5 (conhecido localmente como ‘pavilhão 5’) do Hospital da Guarda, para instalação do Departamento da Criança e da Mulher, com os serviços de Pediatria, Obstetrícia, Urgência Pediátrica e Obstétrica, Neonatologia e Ginecologia, que está a decorrer, foi adjudicada pela ULS em 2022, pelo valor de 7,8 milhões de euros.
No denominado ‘pavilhão 5’ do Hospital Sousa Martins da Guarda funcionou o Serviço de Urgência daquela unidade até à abertura do novo bloco, em 2014.
O movimento de cidadãos “preocupados com o Serviço Materno Infantil e com o Hospital Sousa Martins da ULS da Guarda” surgiu em dezembro de 2018.
Até ao momento, para além de iniciativas realizadas a nível local, o movimento também reuniu duas vezes com a ex-ministra da Saúde, Marta Temido, com a ex-secretária de Estado da Saúde, Jamila Madeira, com a Comissão Parlamentar da Saúde e entregou na Assembleia da República uma petição com 18.661 assinaturas.
A ULS da Guarda (que abrange 13 concelhos do distrito da Guarda, exceto o de Aguiar da Beira, que pertence ao Agrupamento de Centros de Saúde do Dão – Lafões) gere os hospitais da Guarda (Sousa Martins) e de Seia (Nossa Senhora da Assunção), e também 11 centros de saúde e três unidades de saúde familiar (Carolina Beatriz Ângelo e A Ribeirinha, na cidade da Guarda e a “Mimar Mêda”, na cidade de Mêda), abrangendo cerca de 142 mil habitantes.
LUSA/HN
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