A lista de apoio e salvaguardas da força de trabalho de saúde da OMS em 2023, que a organização divulgou na terça-feira, inclui 55 países em risco de escassez de profissionais de saúde necessários para alcançar a meta do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU para cobertura universal de saúde (UHC) até 2030.
Desses 55 países, 37 estão na região africana da OMS, oito na região do Pacífico, seis na região do Mediterrâneo Oriental, três na região do sudeste asiático e um (o Haiti) na região das Américas.
Angola e as vizinhas República Democrática do Congo e Zâmbia, a Guiné-Bissau, a Guiné Equatorial, Moçambique os fronteiriços Malaui e Zimbabué, integram essa lista.
Cinco países foram adicionados à lista da OMS desde a publicação de 2020, refere a organização no relatório, onde salienta que o “impacto da covid-19 e as interrupções generalizadas nos serviços de saúde resultaram numa rápida aceleração no recrutamento internacional de profissionais de saúde”.
“Os profissionais de saúde são a espinha dorsal de todos os sistemas de saúde e, no entanto, 55 países com alguns dos sistemas de saúde mais frágeis do mundo não têm os suficientes e muitos estão a perder os seus profissionais para a migração internacional”, lamentou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.
Os países incluídos na lista da OMS têm um índice de cobertura de serviços UHC abaixo de 55 e a densidade da força de trabalho de saúde abaixo da média global, que é de 49 médicos, pessoal de enfermagem e obstetrícia por 10.000 pessoas.
A OMS atualizará a lista a cada três anos, com a próxima atualização prevista para publicação em 2026.
LUSA/HN
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