De acordo com a resolução, de 23 de março e consultada hoje pela Lusa, as quatro toneladas de leite em pó doadas por Portugal serão distribuídas gratuitamente nas escolas de Porto Novo (ilha de Santo Antão), Santa Cruz, Ribeira Grande e São Domingos (Santiago), como “reforço da alimentação escolar” nestes concelhos, “que apresentam maior prevalência de população em situação de crise alimentar”.
A mesma resolução determina a distribuição de cinco toneladas de sopas desidratadas, doadas pelo Governo do Brasil, em todos os concelhos do arquipélago, processo que será conduzido também pela Fundação Cabo-Verdiana de Ação Social e Escolar (Ficase).
Segundo o Governo cabo-verdiano, é esperada uma segunda doação de 25 toneladas de sopas desidratadas pelo Brasil, quantidade que será igualmente distribuída por todos o país.
O Governo cabo-verdiano anunciou em 06 de janeiro a aprovação da Estratégia Nacional para a Erradicação da Pobreza Extrema até 2026, situação em que se encontram quase 12.200 famílias no arquipélago.
Cabo Verde recupera de uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística – setor que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do arquipélago – desde março de 2020, devido às restrições impostas para controlar a pandemia de covid-19.
O país registou em 2020 uma recessão económica histórica, equivalente a 14,8% do PIB, seguindo-se um crescimento económico de 7% em 2021, impulsionado pela retoma da procura turística no quarto trimestre.
Devido às consequências económicas da guerra na Ucrânia, o Governo cabo-verdiano reviu de 6% para 4% a perspetiva de crescimento económico em 2022, mas já no final de outubro voltou a rever essa previsão para pelo menos 8% e no final de dezembro para mais de 10%.
LUSA/HN
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