Em comunicado, a ANTEM adiantou que, em Almada, um homem de cerca de 60 anos, com ferimentos cranioencefálicos na sequência de uma queda, “teve que aguardar cerca de 45 minutos para receber auxílio”.
De acordo com a associação, no distrito de Setúbal, registaram-se “esperas de uma hora para outras ocorrências idênticas” e, em Faro, verificaram-se “vários doentes com tempos de espera também a rondar os 60 minutos”.
“A ANTEM ficou a saber que durante o dia de ontem [quinta-feira] foram demasiadas as situações semelhantes a estas”, assegurou ainda a associação.
A associação alertou ainda que, com a greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar (TEPH) do INEM ao trabalho extraordinário e com o previsível maior envolvimento dos bombeiros no combate aos fogos rurais, “não se antevê um verão fácil no que diz respeito ao número de meios disponíveis” para o Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM).
O SIEM é constituído pelos meios próprios do INEM, mas também dos bombeiros e da Cruz Vermelha Portuguesa, que funcionam em complementaridade.
“Não se perspetiva qualquer tipo de medida por parte do INEM no sentido de mitigar esta inevitabilidade”, salientou ainda a associação, para quem os Postos de Emergência Médica sazonais, na prática, “nada mais são do que meios que já existem na sua maioria nos Corpos de Bombeiros e que habitualmente são utilizados pelo SIEM como meios de reserva”.
Os TEPH iniciaram em 17 de abril uma greve ao trabalho extraordinário e por tempo indeterminado para reivindicar o cumprimento de direitos laborais e a revisão da carreira.
A Lusa pediu ao INEM uma reação sobre os alegados atrasos no socorro denunciados pela ANTEM, mas não obteve ainda resposta.
NR/HN/Lusa
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