O caso em causa é o de um talhante de serviço no matadouro de Dacar, declarado doente em 21 de abril e que morreu no dia seguinte, disse Boly Diop, coordenador da luta contra a febre do Congo no Ministério da Saúde, citado pela agência France-Presse.
“Era um caso isolado. Depois investigámos no meio familiar, profissional e de saúde (da vítima) porque a doença é contagiosa. Foram identificados casos de contacto e fizemos o seu acompanhamento. Todas as amostras deram negativo”, acrescentou o médico.
Este caso fatal é o primeiro registado este ano no Senegal, que registou cinco casos de febre do Congo em 2022, incluindo uma morte, detalhou Diop.
A doença do Congo é uma zoonose e a transmissão desta febre hemorrágica a seres humanos ocorre “quer através da picada de carraças, quer através do contacto com sangue ou tecidos de animais infetados, durante ou imediatamente após o abate”, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
A maioria dos casos ocorre entre as pessoas que trabalham no setor da pecuária, agricultores, empregados de matadouros e veterinários, de acordo com uma ficha informativa do Ministério da Saúde do Senegal.
Entre os seres humanos, a transmissão da doença “pode ocorrer após contacto direto com sangue, secreções, órgãos ou fluidos biológicos de indivíduos infetados”, segundo a OMS.
O vírus da febre hemorrágica provoca a morte em 10 a 40% dos casos.
LUSA/HN
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