A autorização para a vacina Arexvy, desenvolvida pela gigante farmacêutica britânica GSK, foi concedida pela agência norte-americana do Medicamento (FDA) para adultos com 60 anos ou mais.
Isto representa “um sucesso significativo de saúde pública na prevenção de uma doença que pode ser fatal”, destacou Peter Marks, alto responsável da FDA, em comunicado.
Na semana passada, esta mesma vacina recebeu parecer favorável da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), sendo que a decisão final da Comissão Europeia é esperada para os próximos meses.
O RSV é um vírus muito comum e altamente contagioso, mais conhecido por causar bronquiolite (infeção dos pequenos brônquios) em crianças durante o inverno.
Mas também afeta adultos e pode ser perigoso para os idosos quando degenera em uma infeção respiratória (bronquiolite ou pneumonia).
Após décadas de investigação, foi travada uma corrida entre diversos grupos farmacêuticos para conquistar um mercado que promete ser lucrativo.
Os laboratórios Pfizer e Moderna também estão a desenvolver uma vacina contra o RSV para idosos.
A Pfizer destacou que espera uma decisão da FDA sobre sua aprovação nos EUA em maio.
Segundo as autoridades de saúde dos EUA, este vírus causa a morte de 6.000 a 10.000 pessoas com 65 anos ou mais nos Estados Unidos a cada ano e entre 60.000 e 160.000 hospitalizações.
A GSK adiantou, em comunicado, que a sua vacina estará disponível a partir da próxima temporada epidémica deste ano.
A aprovação da vacina pela GSK é baseada num ensaio clínico com aproximadamente 25.000 participantes, metade dos quais recebeu a vacina e a outra metade um placebo.
A vacina foi considerada 83% eficaz na prevenção de infeções do foro respiratório inferior.
Os efeitos colaterais foram principalmente fadiga, dores musculares ou dores de cabeça.
Num outro estudo de menor dimensão, um participante desenvolveu a síndrome de Guillain-Barré, uma condição neurológica rara, nove dias após receber a vacina Arexvy.
A FDA pediu à GSK para continuar a conduzir estudos para monitorizar este risco.
Todos os invernos a bronquiolite está em destaque, mas foi particularmente falada no ano passado, num contexto de fim dos confinamentos ligados à pandemia de Covid-19 e, por isso, de aumento da circulação do vírus.
Os Estados Unidos e a Europa foram particularmente atingidos, principalmente os bebés, que evitaram ser expostos durante a pandemia de Covid-19.
No final de 2022, a União Europeia também aprovou um tratamento preventivo para bronquiolite desenvolvido em conjunto pela AstraZeneca e Sanofi.
Destinado a bebés, o nirsevimab não é estritamente uma vacina, mas funciona com a mesma intenção preventiva.
LUSA/HN
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