“A ANAC já validou o processo de certificação do heliporto do Hospital de Lamego, estando agendada a realização do primeiro simulacro para o próximo dia 2 de junho”, para “testar os meios e os procedimentos de emergência”, afirma a autarquia numa nota hoje divulgada.
A Câmara Municipal de Lamego recorda, no documento, enviado à agência Lusa, que “este equipamento nunca foi utilizado, devido à ausência da respetiva certificação obrigatória”, o que levou o município a “exigir nos últimos anos, por diversas vezes, a sua abertura com caráter de urgência”.
“Estamos finalmente a ver a luz ao fundo do túnel em relação a este processo. Peca por tardia esta solução, que vai conduzir ao regular funcionamento do heliporto do Hospital de Lamego”, salienta o presidente da Câmara de Lamego.
O social-democrata Francisco Lopes considera “incompreensível que, depois de um investimento de 42 milhões de euros no novo Hospital, a população do Douro Sul esteja à espera, desde 2013, pela entrada do funcionamento completo desta infraestrutura”.
“Como diz o povo: mais vale tarde do que nunca”, reconhece, no entanto, o autarca, sublinhando que o município assumiu o pagamento da “renovação da formação específica dos Bombeiros de Lamego, dado que a certificação atual – que ainda não teve utilidade – caduca em setembro próximo”.
No passado dia 12 de abril, a presidente da ANAC, Tânia Cardoso Simões, esteve numa audição parlamentar, na comissão de saúde, na sequência de um requerimento, apresentado pelo grupo parlamentar do PSD, sobre a falta de certificação do heliporto do Hospital de Lamego.
Na altura, a responsável disse que o hospital de Lamego poderia ser autorizado a usar o seu heliporto ainda em abril, caso a última documentação estivesse “em conformidade” e fosse testado o equipamento (avaliação agendado agora para junho).
“A documentação consolidada que estava em falta chegou ontem [11 de abril] ao fim da tarde, começou a ser analisada, mas não se trata de documentos que possam ser analisados entre o fim da tarde e hoje as 11:00 da manhã”, disse Tânia Cardoso Simões ao deputado social-democrata Hugo Maravilha, durante a audição parlamentar.
Em causa, esclareceu, estava a documentação que tem sido trocada entre a ANAC e o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) – do qual faz parte o hospital de Lamego -, cuja última documentação chegou à ANAC na véspera da audição.
Nesse sentido, “se ao fim destas interações, essa documentação não tiver inconsistências e estiver de acordo com o que é necessário”, ficará apenas a faltar “o exercício à escala total, que visa testar os meios de emergência e os procedimentos de emergência, que é algo relativamente fácil de se fazer”, acrescentou.
“Falta uma inspeção da ANAC e a ANAC está disponível para a fazer com a maior brevidade”, concluiu.
LUSA/HN
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