Em comunicado, o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte (CHULN) explicou que esta decisão surge na sequência da “indisponibilidade de prestação de trabalho extraordinário acima das 150 horas anuais assumida por médicos do departamento e da [recente] demissão de chefes de equipa da Urgência de Obstetrícia e Ginecologia”.
Nesse sentido, “devido a constrangimentos da escala clínica, a sala de partos do Hospital de Santa Maria vai funcionar, nos próximos dias, com adaptações no volume de grávidas em trabalho de parto encaminhadas de outras instituições”, referiu a mesma nota informativa.
De acordo com o CHULN, as equipas do Hospital de Santa Maria continuarão a assegurar os partos de alto risco, mas “por uma questão de previsibilidade para as famílias acompanhadas no CHULN, foi acionado o mecanismo extraordinário de colaboração com instituições privadas, previsto no plano sazonal de verão ‘Nascer em segurança no SNS’”.
Os encaminhamentos, programados e temporários, destinam-se apenas a grávidas de baixo risco referenciadas e transportadas pelos meios do CHULN e do INEM, num processo coordenado com a Direção Executiva (DE) do SNS e com o Centro de Orientação de Doentes Urgentes.
A área materno-infantil do CHULN irá beneficiar de amplas obras de requalificação já a partir deste verão, num investimento total superior a seis milhões de euros, com um prazo de execução de nove meses.
A remodelação em curso prevê a construção de 12 novos quartos de parto, dois blocos operatórios e uma sala de observações, num total de cerca de mil metros quadrados de área nova a ser construída.
Está também prevista a remodelação e ampliação do internamento de puérperas (período desde o parto até ao restabelecimento das mães), a remodelação das instalações para a ecografia obstétrica e a expansão do Serviço de Neonatologia.
Está previsto que enquanto o bloco de partos do Hospital de Santa Maria estiver fechado para obras – nos meses de agosto e setembro – os serviços fiquem concentrados no Hospital S. Francisco Xavier (Centro Hospitalar Lisboa Ocidental), que a partir de 01 de agosto volta a funcionar de forma ininterrupta sete dias por semana.
LUSA/HN
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