“Esta medida é uma conquista para as pessoas, já que terá grande impacto na sua vida e saúde, com ganhos evidentes no controlo das doenças e na diminuição dos encargos das famílias”, considera a ANF.
A presidente da ANF, citada em comunicado, salienta que a medida é igualmente um reconhecimento por parte do Ministério da Saúde “dos benefícios que a intervenção das farmácias tem para a adesão às terapêuticas e para os resultados em saúde, bem como das mais-valias que representam para cidadãos e para o SNS [Serviço Nacional de Saúde]”.
O decreto-lei estipula que os utentes do SNS passam a ter acesso aos medicamentos prescritos pelo seu hospital em farmácias mais próximas das suas residências, evitando deslocações às unidades hospitalares apenas para levantar a medicação.
“O valor económico e para a saúde desta solução foi amplamente demonstrado através de projetos anteriores, nomeadamente durante a pandemia, em que as farmácias comunitárias contribuíram ativamente para a dispensa de medicamentos hospitalares”, adianta a associação.
Nestes projetos – acrescenta -, as pessoas reportaram melhorias na adesão à terapêutica e uma diminuição, em média, de 112 quilómetros na distância percorrida, reduzindo também o tempo de espera e o absentismo ao trabalho.
Um estudo divulgado em 2020, no âmbito do Índice de Saúde Sustentável, desenvolvido anualmente pela NOVA Information Management School (NOVA-IMS), concluiu que os doentes gastam cerca de 185 milhões de euros por ano para levantar medicamentos nas farmácias hospitalares (36 milhões de euros em deslocações e 149 milhões representam o valor económico do tempo despendido).
Os dados indicavam ainda que, para cada uma dessas idas ao hospital, o doente gasta, em média, 14,30€ e cinco horas e 27 minutos (quatro horas e 10 minutos em deslocações e uma hora e 17 minutos em tempo de espera no hospital).
LUSA/HN
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