Ventura apela a ministro da Saúde que “tranquilize portugueses”

14 de Julho 2023

O presidente do Chega considerou que a saúde em Portugal “está a degradar-se” e desafiou o ministro da Saúde a “tranquilizar os portugueses” e a garantir que as unidades do SNS vão funcionar no verão.

“Um Governo que prometeu fazer o maior investimento de sempre em saúde, está a deixar a saúde degradar-se como nunca”, criticou André Ventura, considerando ser obrigação dos partidos “denunciar esta realidade”.

Uma delegação do Chega, que incluiu o presidente do partido e o deputado Pedro Frazão, coordenador do grupo parlamentar na comissão parlamentar de Saúde, visitou na quinta-feira a Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, estando prevista uma reunião com a administração.

Em declarações aos jornalistas antes dessa visita, Ventura disse que o Chega está solidário com o cordão humano feito por trabalhadores do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, contra o encerramento da maternidade e a exoneração dos diretores do serviço de obstetrícia.

Sobre o fecho da maternidade daquele hospital, considerou que “é profundamente errado” o Governo dizer que vai ser apresentado um “plano de contingência” e depois “na verdade é uma reestruturação que implica sempre encerramento de serviços”.

O presidente do Chega defendeu que “não é neste momento do ano que estas obras se fazem” e a existência de “um plano de substituição para garantir que os serviços de saúde continuam a ser prestados”.

“Para o cidadão comum passa a ideia que vai ter um verão difícil, e começa a enraizar-se a perceção, em todos os escalões sociais, de que vamos ter um verão muito difícil na área da saúde, com maternidades encerradas, com serviços de urgência encerrados”, apontou, sustentando que “isto está a criar alarme o social”.

O líder do Chega desafiou o “ministro da Saúde a tranquilizar os portugueses neste início de férias” e dizer “os serviços vão estar abertos, vão estar a funcionar, com pequenas exceções”.

“O que tem sido feito é o contrário, é [dizer] ‘vamos encerrar vários serviços, por obras, por escalonamentos, etc, procurem os que estão abertos’. Alguns dizem que isto é mais sincero, é mais honesto, mas é mais ineficaz, significa que estamos a falhar nessa tarefa”, defendeu.

André Ventura assinalou que a Jornada Mundial da Juventude e o turismo vão levar muita gente a Lisboa e ao país nas próximas semanas e questionou “que serviços de saúde” existem para ajudar essas pessoas.

Questionado sobre as soluções que o partido propõe, o presidente do Chega elencou “o aumento da cooperação entre privado e público”; “fazer esforço de recrutamento, sobretudo nacional, mas se necessário internacional, para garantir que durante o verão serviços essenciais não ficam encerrados”; “um plano de ação para que durante estes meses haja serviços abertos e a funcionar”; e um aumento das vagas nos cursos de medicina.

LUSA/HN

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