Em declarações à agência Lusa, o presidente do Sindepor, Carlos Ramalho, disse que, com esta greve, os enfermeiros não querem prejudicar a Jornada Mundial da Juventude, que hoje arranca em Lisboa, mas antes manifestar o seu descontentamento com as condições em que exercem a profissão.
“Não queremos minimamente perturbar a Jornada Mundial da Juventude, porque não é esse o objetivo. Queremos, mais uma vez, manifestar o nosso descontentamento, o que significa que os cuidados mínimos estão a ser assegurados”, afirmou.
Carlos Ramalho lembrou que os cuidados de saúde primários, as consultas externas e alguns serviços de internamento estão a funcionar em serviços mínimos, acrescentando que, nos centros de saúde, a adesão está entre os 80% e 90%.
Sobre a adesão à greve nos restantes serviços, remeteu mais informações para cerca das 11:00.
O Sindepor tinha marcado uma greve de quatro dias, abrangendo os 18 concelhos da Área Metropolitana de Lisboa (AML), entre 01 e 04 de agosto, período em que Lisboa estará a acolher a edição deste ano da Jornada Mundial da Juventude (encontro de milhares de jovens com o Papa Francisco), com as principais cerimónias a terem lugar no Parque Eduardo VII e no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo.
O sindicato pretende a integração imediata nos quadros das instituições dos enfermeiros com vínculos precários, o cumprimento das dotações seguras através da contratação de enfermeiros, cumprindo-se a autonomia para contratar e a abertura de concursos para as várias categorias desta profissão.
Exigindo a criação de um modelo de Avaliação do Desempenho justo, transparente e exequível, pede também a imediata abertura de negociações com a tutela para a concretização de uma nova carreira de enfermagem que, entre outros aspetos, compense o risco e desgaste rápido e penosidade inerente à profissão.
LUSA/HN
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