Nenhum obstetra do Santa Maria faltou à chamada de transferência para o São Francisco de Xavier

1 de Agosto 2023

O Diretor-Executivo do SNS garantiu esta terça-feira que nenhum médico obstetra do Hospital Santa Maria faltou à chamada de transferência para o Hospital São Francisco de Xavier. 

As equipas médicas da Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Santa Maria começam hoje a trabalhar no São Francisco Xavier, ao abrigo do regime de mobilidade. No primeiro dia de transferência, Fernando Araújo visitou o edifício materno infantil e garantiu que estava “tudo a correr bem” e com “tranquilidade”.

O Diretor Executivo sublinhou que se trata da “operação inter-hospitalar de maior profundidade na história do Serviço Nacional de Saúde”. De acordo com Fernando Araújo o edifício onde se irá concentrar toda a atividade assistencial de Ginecologia e Obstetrícia “foi desenhado especificamente para a área materno infantil”, tendo “condições únicas” e uma capacidade de cerca de 4.500 a 5.000 partos.

“É preciso confiar no processo. Este foi preparado minuciosamente pelos colegas e por vários profissionais de saúde, de forma a garantir a qualidade e a segurança”, afirmou.

O responsável garantiu ainda que, apesar das dúvidas levantas por alguns especialistas, não houve nenhum médico obstetra que se tivesse recusado ir hoje para o São Francisco Xavier. “Mesmo concordando ou não com o processo, todos os médicos vieram e estão a fazer um trabalho exemplar na defesa das grávidas”, apontou.

Araújo aproveitou ainda para fazer um balanço sobre a operação “Nascer em Segurança”, tendo afirmado que “nestes primeiros seis meses nasceram cerca de 32 mil crianças nas maternidades do SNS.” Aos olhos do responsável, estes números “dão-nos esperança para o futuro, mas, sobretudo, confiança no presente.”

Sobre o número de grávidas transferidas para hospitais privados foi anunciado que “à data de hoje foram transferidas onze grávidas”.

“Por vezes temos de nos afastar da árvore e olhar para a floresta como um todo. Nesta altura, em julho de 2022 tinham sido fechados mais de 150 turnos de 12 horas nas várias maternidades do país. Com a operação “Nascer em Segurança” temos apenas o registo de um turno não previsto. Isto demonstra que a a reorganização que foi feita tem tido resultados”, conclui.

HN/Vaishaly Camões

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