Numa visita ao edifício materno infantil do Hospital São Francisco Xavier, Ana Paula Martins anunciou o reforço de especialistas no departamento de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Santa Maria, tendo optado por não avançar com nenhum número específico.

“Naturalmente prevemos um reforço. Vamos ter novos internos este ano e já temos o mapa de vagas para os internatos de especialidade em todo o país. Neste momento, a direção clínica está a olhar para os mapas que nos foram enviados pela ACSS”, revelou a responsável.

Ana Paula Martins sublinhou a importância das obras no maior hospital do país. “O Hospital de Santa Maria tem setenta anos e nos últimos quarenta só foram feitas pequenas intervenções. Portanto, não havias condições (…) As equipas de Ginecologia e Obstetrícia faziam autênticos milagres”.

Segundo a responsável foram feitas “obras propositadamente [no São Francisco Xavier] para que as duas maternidades se juntassem e para que as equipas tivessem condições. Já há muitos anos que as equipas do Santa Maria trabalhavam em condições muito más em termos de infraestruturas. As nossas grávidas não tinham todas as condições que vão ter aqui no São Francisco Xavier.”

Questionada sobre a alegada falta de diálogo com as equipas de Ginecologia e Obstetrícia, a presidente do conselho de administração do Santa Maria recusou que tivesse havido problemas na comunicação. “Tivemos de fazer uma opção e essa opção foi a segurança das grávidas e dos bebés, não foi por lugares e por chefias. Não é isso que nos move nem nunca nos poderá mover no SNS.”

“O facto de poderem concordar ou não com o conselho de administração não é o mais importante. Isso é uma matéria interna que temos de discutir entre nós. O que importa é cumprir a nossa missão com as grávidas, os bebés e as suas famílias”, acrescentou.

No que toca à indisponibilidade demonstrada por parte de alguns especialistas foi apenas durante “determinado momento porque não estavam acauteladas algumas informações que precisavam ter (…) Até este momento não recebemos mais nenhuma declaração de indisponibilidade por parte dos nossos médicos. Portanto temos a convicção de que nenhum médico vá faltar.”

HN/Vaishaly Camões