“Na Saúde, o investimento é, por definição, escasso. A primeira solução que a ERA traz é comprar mais quantidade, de dispositivos médicos ou medicamentos, com o mesmo custo e, assim, servir um maior número de pacientes sem despender mais dinheiro; a segunda solução é analisar e otimizar todos os custos não core, libertando mais recursos para serem aplicados nos cuidados aos pacientes.”
HealthNews (HN)- Como é que apresenta, resumidamente, a Expense Reduction Analysts aos nossos leitores?
Luís Dionísio (LD)- A Expense Reduction Analysts (ERA) é líder global em consultoria de otimização de custos e redução de despesas. Com uma reputação de mais de 25 anos, apoia organizações a maximizar a sua rentabilidade, combinando análise detalhada de custos com expertise em negociação. Na ERA, acreditamos que reduzir custos não significa comprometer a qualidade ou a eficiência. A nossa equipa especializada em várias áreas de gastos empresariais trabalha em parceria com os clientes, entendendo as suas necessidades e objetivos específicos, reduzindo despesas. A nossa abordagem resulta em reduções de despesas significativas e sustentáveis, libertando recursos financeiros para investimentos estratégicos e impulsionando a competitividade das empresas.
HN- Dê-nos alguns exemplos no setor da Saúde.
LD- A generalidade dos clientes do setor da Saúde pede salvaguarda da sua identidade, mas posso dizer, no entanto, que trabalhamos atualmente em Portugal com cerca de 15 clientes ativos que incluem cadeias de serviços hospitalares, de hemodiálise, de diagnóstico e imagiologia, com farmácias e residências sénior. Na Indústria, trabalhamos com fabricantes de medicamentos e outros produtos deste cluster, vários distribuidores de produtos farmacêuticos e outros tantos comercializadores. Temos, inclusivamente, um case study publicado sobre a intervenção que fizemos na Bluepharma, um dos principais produtores nacionais de produtos farmacêuticos.
Neste setor, há dois tipos de projetos: um que é dedicado aos gastos gerais (energia, limpeza, logística, segurança e telecomunicações); outro em que entramos na otimização dos custos da atividade e clínica, como dispositivos médicos, medicamentos e outros produtos farmacêuticos (desde simples pensos até contraste para um TAC ou próteses cirúrgicas – com maior incidência nas máscaras, fatos e testes durante a pandemia) ou equipamento médico.
HN- Na Saúde, um setor com custos extremamente elevados e de valor inquestionável, em que medida pode a ERA ajudar as empresas a prestar melhores serviços, com eficiência e qualidade?
LD- Este setor esteve no centro das atenções nos últimos anos. Todos os dias fomos confrontados com a escassez de recursos, tendo os recursos financeiros estado no centro da discussão.
Na Saúde, o investimento é, por definição, escasso. A primeira solução que a ERA traz é comprar mais quantidade, de dispositivos médicos ou medicamentos, com o mesmo custo e, assim, servir um maior número de pacientes sem despender mais dinheiro; a segunda solução é analisar e otimizar todos os custos não core, libertando mais recursos para serem aplicados nos cuidados aos pacientes.
Não posso deixar de mencionar exemplos mais pontuais que nos enchem de satisfação, como foi o caso do apoio que conseguimos dar durante a crise da Covid-19, procurando e encontrando produtos que faltavam como as máscaras, os fatos e os testes.
HN- Como é feito o acompanhamento?
LD- Na área da Saúde, o acompanhamento é feito de uma forma muito próxima, pois temos de ter em conta que, além do fornecedor e do cliente – atores normais em qualquer atividade económica –, há um utente que utiliza os produtos e os serviços que o prestador disponibiliza; um prescritor, cuja opinião científica e profissional é fundamental para decidir o que utilizar; e, sem menor importância, um pagador, seja um sistema de saúde público ou um seguro privado. Esta dinâmica gera um aumento de interações para criar soluções que todos aceitem, que sejam duradouras, eficientes e, acima tudo, mantendo ou aumentando a qualidade do cuidado de saúde prestado ao utente.
HN- Há casos de sucesso na área das tecnologias de saúde de que nos possa falar?
LD- São vários os casos em que o uso da tecnologia tem sido uma parte fundamental nas soluções propostas aos nossos clientes, por exemplo através da implementação de soluções de produção de energia para autoconsumo ou da evolução do suporte físico para o digital nos exames de diagnóstico – o que, por um lado, permite um acesso mais rápido aos mesmos e, por outro, reduz a utilização de papel e plástico, diminuindo a pegada carbónica.
Indo mais ao core da atividade da Saúde, é de destacar o estudo de soluções de autómatos para realizar tarefas repetitivas, e não poucas vezes perigosas pelo esforço envolvido, como o transporte de refeições, roupas sujas e limpas e dispositivos médicos ou medicamentos, o que permite combater a escassez de recursos humanos – nem sempre a solução que otimiza passa por diminuição de custos.
Neste campo, muito frequentemente nos perguntam por autómatos que pudessem apoiar uma das tarefas mais difíceis de executar num prestador de cuidados de saúde: movimentar um utente, por exemplo com dificuldade ou incapacidade de se movimentar pelos próprios meios. Ainda não encontrámos a solução, mas acompanhamos os testes nesta área.
Atualmente fala-se cada vez mais da Inteligência Artificial. O setor da Saúde é um dos menos evoluídos nessa área. É uma realidade, mas há que pensar que muita dessa tecnologia está em testes piloto. Na ERA, embora estejamos atentos à evolução neste campo e tenhamos pessoas a ser formadas nessa área, testamos e aplicamos certezas.
HN- Na ERA, 2023 é um ano de…
LD- É um ano de expansão em soluções, em ofertas, em mercados. A nossa solução tradicional para aumentar a eficiência dos clientes é a otimização dos gastos ou o aumento das receitas, o que permite resolver problemas fundamentais que não iam priorizar do mesmo modo. Mas cada vez mais temos soluções que resolvem problemas reais que os clientes têm, como a escassez de recursos humanos, a escassez dos produtos e serviços necessários à missão do cliente e o combate à volatilidade dos custos que atravessa a economia.
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HN/RA
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