Utentes do Sabugal queixam-se da saída de médicos

1 de Setembro 2023

A população do Sabugal manifesta-se esta sexta-feira contra a falta de médicos no Centro de Saúde, que será agravada com a saída de mais dois profissionais nas próximas semanas.

Os utentes queixam-se das dificuldades “quando as pessoas necessitam de ajuda” e de não haver médico disponível “na urgência” [serviço de atendimento permanente], lê-se num texto que apela à mobilização da população para que se concentre em frente ao Centro de Saúde.

A Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda confirmou à Lusa que está prevista a saída de dois médicos durante o mês de setembro, mas garantiu que “está a envidar todos os esforços para colmatar as saídas previstas dos profissionais, assim que estas ocorram”, esclareceu em resposta escrita o presidente do Conselho de Administração, João Barranca.

No mesmo esclarecimento, a ULS garantiu que “todas as escalas mensais do SAP [serviço de atendimento permanente] têm sido asseguradas”.

“Houve apenas no mês de agosto três escalas noturnas, das 20:00 às 08:00, que ficaram a descoberto por falta de profissionais”.

A ULS referiu que atualmente estão adstritos sete médicos ao Centro de Saúde do Sabugal, no distrito da Guarda.

A vice-presidente da Câmara Municipal do Sabugal, Sílvia Nabais, disse à Lusa que a autarquia se associa às reocupações da população sobre a saúde no concelho e garantiu que se tem manifestado disponível junto da ULS da Guarda para trabalhar em conjunto.

A autarca admitiu que quando os recursos são poucos, a saída de dois médicos “tem sempre impacto e traz preocupações às pessoas”.

“Consideramos que tem de ser acautelada a saída dos médicos para garantir os cuidados de saúde. Esperamos que a ULS resolva a questão”, apontou.

Sílvia Nabais realçou que a Câmara tem tentado colmatar algumas dificuldades da população no concelho.

Apontou o exemplo dos protocolos que existem com as juntas de freguesia, “que permitem que haja médico nas juntas para dar consultas”, o programa de apoio à aquisição de medicamentos e o acordo com a Fundação Álvaro de Carvalho para as cirurgias às cataratas.

“O que nós conseguimos fazer, fazemos. No sentido de dar mais qualidade de vida aos nossos utentes”, sustentou.

O problema da falta de médicos na área da ULS da Guarda não é exclusivo do concelho do Sabugal.

A ULS confirmou que tem “diversas UCSP [Unidade de Cuidados de Saúde Primários] com carência de médicos, essencialmente motivadas por reformas”.

A área de intervenção da ULS da Guarda abrange 13 concelhos do distrito da Guarda.

LUSA/HN

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