“Se calhar o SNS vai-se mesmo findar”, falhando a missão que o fez nascer, lamenta a presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM).
Hoje, Ministério da Saúde e sindicatos estiveram novamente reunidos, mas não chegaram a acordo. O Governo apresentou novas propostas, mas as condições de trabalho estão “mais ou menos na mesma”, refere a representante dos médicos.
A proposta de dedicação plena para os médicos de saúde pública, por exemplo, é uma novidade. Contudo, os médicos ficam sem perceber como funcionaria, segundo Joana Bordalo e Sá.
Também preocupa a FNAM a proposta de fazer depender parte dos salários dos médicos de família de fatores que podem prejudicar os doentes, como o número de exames e prescrições.
Por outro lado, a dedicação plena continua com condições “inaceitáveis”, apesar do aumento do suplemento apresentado pelo Governo. “Mantêm um aumento inconstitucional das horas extraordinárias”, 250 por ano, “e alteração dos descansos compensatórios”, diz a médica.
É a prova derradeira da despreocupação de quem tem governado o país, mandato após mandato, conclui Joana Bordalo e Sá.
A FNAM continuará a caravana pelo país e mantém a greve agendada para novembro, bem como a intenção de rumar a Bruxelas para ser recebida pelos eurodeputados. Talvez possa também ser ouvida por Stella Kyriakides, comissária europeia da Saúde, disse-nos Joana Bordalo e Sá.
HN/RA
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