O encontro, que reuniu as estruturas representativas dos médicos, trouxe a debate as condições do trabalho médico, a alteração do Estatuto da Ordem dos Médicos e as negociações em curso das organizações médicas com o Governo.
Em comunicado hoje divulgado, a Ordem dos Médicos sublinhou que na reunião ficou evidente “a preocupação com o estado atual e perspetivas futuras do SNS, a necessidade de melhorar as condições de trabalho dos médicos, a valorização da carreira médica e a defesa da qualidade da formação médica.”
“As estruturas manifestaram a solidariedade com todos os médicos que recentemente, de norte a sul do país, entregam as declarações de indisponibilidade para a realização de trabalho suplementar para além do limite previsto na Lei (150 horas anuais), alertando assim para as profundas dificuldades que atravessa o SNS”, refere a nota.
Os especialistas pede aos responsáveis do Governo para chegarem rapidamente a um acordo com os sindicatos na defesa dos cuidados de saúde.
As alterações de última hora ao Estatuto da Ordem dos Médicos aprovadas pela Assembleia da República mereceram também o comentário do Fórum, que exigiu respeito pelo compromisso assumido com a Ordem dos Médicos e com todos os médicos. A manutenção da autorregulação da profissão, a formação médica de excelência e a consideração pela componente técnico-científica e clínica da Ordem dos Médicos é uma questão essencial e está neste momento em causa, assim como o desenvolvimento da medicina e a segurança dos doentes.
O Fórum Médico reúne as principais estruturas representativas dos médicos: Ordem dos Médicos, Federação Nacional dos Médicos (FNAM), Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Associação Portuguesa dos Médicos da Carreira Hospitalar, Associação dos Médicos Portugueses da Indústria Farmacêutica, e a Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM).
PR/HN
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