“Por indisponibilidade de médicos que permitam completar as escalas de urgência, avisam-se todos os utentes do CHTS que, a partir das 00:00 horas do dia 14 de novembro [terça-feira], e até novas indicações, estará encerrado [o serviço de urgência de pediatria], devendo ser procurado o atendimento, no Hospital de S. João no Porto”, lê-se numa informação enviada à Lusa.
Noutra comunicação, informa-se que reabriu hoje o bloco de partos e a admissão para o Serviço de Urgência de Obstetrícia e Ginecologia no Hospital de Penafiel, situação garantida, em termos de disponibilidade dos médicos, até quarta-feira.
Esta situação decorre, segundo o CHTS, da “avaliação que os médicos estão a fazer sobre a continuidade da indisponibilidade para completar as escalas de urgência”.
No dia 03 de novembro, dezenas de utentes do Serviço Nacional de Saúde manifestaram-se junto ao hospital de Penafiel, onde protestaram contra o encerramento das urgências e pediram “mais responsabilidade” ao Governo e profissionais.
“Pretendemos alertar as entidades que estamos atentos. Precisamos de mais responsabilidade de todos, do Governo, dos profissionais e até dos próprios utentes”, afirmou Margarida Moreira, da associação que organizou o protesto.
Desde o dia 01 de novembro, o hospital de Penafiel mantinha “encerrado para o exterior até novas indicações”, o bloco de partos e a admissão para o serviço de urgência de obstetrícia e ginecologia.
A decisão do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, sediado em Penafiel, tem a ver com “indisponibilidade de médicos que permitam completar as escalas de urgência”.
O hospital de Penafiel, juntamente com o de Amarante, no distrito o Porto, integra o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), responsável por assistir uma população de quase 600 mil habitantes que residem naquele território, constituindo a segunda maior urgência do Norte do país.
Já no dia 03 de outubro, o hospital de Penafiel tinha solicitado o “desvio de doentes da urgência externa”, por não conseguir reunir o mínimo de especialistas em cirurgia geral devido à recusa dos médicos em fazer mais horas extraordinárias.
Na sexta-feira, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) anunciou que vai manter a greve ao trabalho extraordinário nos cuidados de saúde primários e pede a retoma das negociações com o Ministério da Saúde.
No sábado, foi referido pela Direção Executiva do SNS que mais de 30 urgências de várias especialidades vão funcionar com limitações até sábado, admitindo que a situação é provocada pela recusa dos médicos em fazer horas extraordinárias.
LUSA/HN
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