“O laboratório [CTIC] efetuou as análises e emitiu os relatórios de resultados. E estes não deixam dúvidas: a concentração de glifosato em todas as amostras realizadas situa-se abaixo do limite do quantificável, isto é, uma concentração inferior a 0,03 miligramas/litro”, divulgou hoje o município de Idanha-a-Nova, numa nota enviada à agência Lusa.
A Plataforma Transgénicos Fora divulgou em setembro um estudo europeu em que uma das amostras recolhidas em Idanha-a-Nova continha três microgramas/litro (µg/L), isto é, 30 vezes mais do que o limite legal, tendo sido a mais elevada concentração de glifosato detetada nas amostras analisadas no estudo.
O limite de segurança para o glifosato na água potável é de 0,1 μg/L.
Na altura, a Câmara de Idanha-a-Nova estranhou os resultados do estudo europeu e os critérios para a escolha da Herdade da Fonte Insonsa, ao nível da concentração do glifosato, a mais elevada nas amostras analisadas, e procedeu à contratação de um laboratório independente e devidamente acreditado.
Os resultados foram agora divulgados: “A concentração de glifosato em todas as amostras realizadas situa-se abaixo do limite do quantificável, isto é, uma concentração inferior a 0,03 miligramas/litro”.
O CTIC procedeu à recolha de amostras de água no dia 21 de setembro, na zona da Fonte Insonsa, na freguesia do Ladoeiro e em vários locais cuja origem da água é de nascentes próprias, designadamente Fonte das Pias, Fonte Grande e Fonte Pequena.
Na mesma freguesia, foi também recolhida uma amostra da rede pública de distribuição de água, cujo ponto de amostragem foi na Escola Primária do Ladoeiro, e foram ainda recolhidas duas amostras na Herdade da Fonte Insonsa, uma na água de abastecimento público e outra numa captação subterrânea (furo).
Segundo a autarquia, “o laboratório efetuou as análises e emitiu os relatórios de resultados. E estes não deixam dúvidas”.
Face a estes resultados, a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova “lamenta os danos causados à imagem do concelho por um estudo de credibilidade duvidosa cujos critérios continuam desconhecidos” e no qual era referido que “uma amostra de água recolhida na zona da Fonte Insonsa continha uma concentração de glifosato de 3 microgramas/litro, 30 vezes mais que o limite legal”.
O município reafirma a sua oposição à utilização de glifosato e incita as entidades governamentais com responsabilidade nesta matéria a adotar as recomendações da Organização Mundial da Saúde, que classifica este produto como um potencial carcinógeno e apela à proibição da sua utilização.
LUSA/HN
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