ACES diz que na área do Douro Norte não há utentes sem médico ou enfermeiro de família

20 de Dezembro 2023

A inexistência de utentes sem médicos ou enfermeiro de família e a reabertura em 2024 do edifício do Hospital D. Luíz I, na Régua, como serviço de atendimento, foram hoje destacados pelo diretor-executivo do ACES Douro Norte.

O Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Marão – Douro Norte (ACES) vai ser extinto a 31 de dezembro em consequência da criação da Unidade Local de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro, que fundirá numa única instituição o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) e os ACES Douro Norte, Douro Sul e Alto Tâmega e Barroso.

A poucos dias da extinção, o diretor-executivo do ACES Douro Norte, Gabriel Martins, fez um balanço da atividade desenvolvida nos últimos cinco anos à frente da instituição e garantiu, em comunicado, que nesta área geográfica “não há utentes sem médicos de família”.

Este agrupamento desenvolve atividade nos concelhos de Alijó, Murça, Vila Real, Sabrosa, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião e Mesão Frio.

Gabriel Martins destacou ainda a parceria concretizada com o município de Peso da Régua com vista à requalificação do Hospital D. Luíz I, que se encontra em fase de conclusão, e vai permitir, em 2024, “alocar em instalações condignas as unidades do centro de saúde local, criando ainda um serviço de atendimento 24 horas a utentes classificados como não urgentes (triagens verdes e azuis)”.

“Este projeto antecipou já em 2019 a estratégia que está atualmente a ser implementada pela direção executiva do Serviço Nacional de Saúde em matéria de gestão dos serviços de urgência”, realçou o responsável.

Os últimos anos ficam marcados pelo combate à pandemia de covid-19, mas Gabriel Martins destacou a concretização de projetos como a criação de uma equipa comunitária de suporte em cuidados paliativos, resposta que não existia no ACES e que considerou “tão necessária neste território”.

Apontou ainda para a constituição de cinco novas Unidades de Saúde Familiar (USF) modelo A, criando condições para que em 2024 todas estas USF passem automaticamente para modelo B, com um regime remuneratório mais atrativo, associado ao desempenho, permitindo maior satisfação de utentes e profissionais.

Foram abertos 18 postos SNS-24 Balcão em Juntas de Freguesia, permitindo o acesso à teleconsulta e serviços remotos de saúde a populações mais isoladas e foi firmado um protocolo com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) para organização da assistência em situações agudas.

As Juntas Médicas de Avaliação de Incapacidades no concelho de Vila Real foram reforçadas com mais três profissionais e uma equipa adicional, uma medida que permitiu reduzir o tempo de espera para realização de junta médica de 11 meses para menos de um mês.

Gabriel Martins, que a partir de janeiro regressa à Unidade de Cuidados na Comunidade de Mateus, disse ainda que o ACES deixa garantido um financiamento de cerca de 3,3 milhões de euros ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para vários projetos e obras nos centros de saúde de sete concelhos.

“O ACES hoje é significativamente diferente daquele que eu, e a equipa que me acompanhou ao longo deste tempo, encontramos. Quer a nível de recursos, quer a nível organizacional, quer a nível de desempenho”, garantiu.

LUSA/HN

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