Entre 29 de setembro do ano passado e 28 de janeiro, foram vacinadas 2.444.019 pessoas contra a gripe e 1.931.286 com o reforço sazonal contra a Covid-19.
A cobertura vacinal contra a gripe nos maiores de 60 anos está nos 65,38% e entre os 60 e os 69 anos não ultrapassa os 51,14%. A Organização Mundial de Saúde recomenda uma cobertura de 75% nas pessoas com mais de 65 anos.
A maior parte das vacinas foi administrada nas farmácias: mais de 1,3 milhões contra Covid-19 e mais de 1,7 milhões contra a gripe.
Nos últimos sete dias, em farmácias e no Serviço Nacional de Saúde (SNS), houve mais 41.771 pessoas vacinadas com o reforço da Covid-19 e mais 35.929 contra a gripe.
A DGS reduziu a idade elegível para a vacina da gripe para os 50 anos e a diretora-geral já admitiu poder reduzir ainda mais e abranger as pessoas de 45 anos ou mais. Porém, ressalvou que a atual prioridade continua ser a vacinação dos cidadãos com 60 ou mais anos.
Na semana passada, seis sociedades médicas portuguesas juntaram-se para insistir na importância da vacinação contra a gripe, que consideram a “base do esforço” para reduzir o impacto da doença, e reiterar que as vacinas são seguras e eficazes.
No documento conjunto com algumas recomendações para mitigar o impacto que a gripe tem, anualmente, em Portugal participaram a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), a Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC), a Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD), a Sociedade Portuguesa de Doenças Infecciosas e Microbiologia Clínica (SPDIMC), a Sociedade Portuguesa de Geriatria e Gerontologia (SPGG) e o Núcleo de Estudos de Geriatria da Sociedade Portuguesa da Medicina Interna (NEGERMI-SPMI).
Nas conclusões, considerando todas as evidências científicas recolhidas, as entidades alertam que a vacinação contra a gripe “reduz significativamente as hospitalizações e a mortalidade em doentes imunocomprometidos e em doentes com doenças respiratórias”, como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), doenças cardiovasculares e diabetes.
“Estes grupos de alto risco devem ser vacinados anualmente e os profissionais de saúde devem garantir a prescrição atempada, inclusive, no momento da alta hospitalar”, sublinham.
LUSA/HN
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