Crianças que passam por quimioterapia ou radioterapia apresentam um risco elevado de desenvolver problemas dentários

19 de Fevereiro 2024

Um estudo desenvolvido pelo centro de investigação da Egas Moniz School of Health and Science, publicado na revista Cancers, alerta para a importância dos cuidados de saúde oral e a prevenção de doenças em sobreviventes de cancro infantil.

A partir da análise de 35 estudos observacionais, o estudo desenvolvido pela Egas Moniz indica que 53% dos casos podem ter descoloração, 36% malformações coroa-radiculares e agenesia (ausência de dente); 32% hipoplasia do esmalte (defeito quantitativo de esmalte); 29% alterações da forma da raiz e 24% erupção dos dentes.

Luísa Bandeira Lopes, investigadora do Egas Moniz Center for Interdisciplinary Research, refere que “o principal objetivo do estudo é fornecer informações aos oncologistas pediátricos para as principais e possíveis alterações dentárias que têm um impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes e das famílias. De uma forma geral, os principais efeitos a curto prazo podem incluir cáries dentárias, inflamação da mucosa oral, hemorragia, alterações do paladar, infeções secundárias e doença periodontal, assim como as complicações a longo prazo identificadas neste estudo. A maioria dos sobreviventes do cancro apresenta pelo menos uma destas sequelas dentárias, por isso, através destes resultados, é destacado coletivamente a importância dos cuidados de saúde oral e da prevenção de doenças em sobreviventes de cancro infantil”.

Os efeitos secundários tardios da quimioterapia e da radioterapia em sobreviventes de cancro pediátrico são numerosos, o que desafia os cuidados clínicos e a gestão no contexto dentário. Relativamente aos tipos de cancro, verifica-se que o cancro mais prevalente em crianças a nível mundial é a leucemia, com a taxa mais elevada, seguida dos tumores do sistema nervoso central e ainda os linfomas. Recentemente, os tratamentos anticancerígenos combinados foram identificados como sendo responsáveis por efeitos orais tardios, incluindo defeitos de desenvolvimento craniofacial e dentários e disfunção das glândulas salivares, especialmente quando efetuados numa idade jovem.

Comprometida com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 para o ensino superior, a Egas Moniz foi recentemente considerada a melhor universidade privada portuguesa no Ranking de Inovação, pela SCImago Institution Rankings. Para além disso, foi também reconhecida como primeira classificada no contexto dos ODS 1 e 3, respetivamente Saúde de Qualidade e Erradicar a Pobreza, entre as instituições de ensino privadas do país e como segunda no ranking nacional, no “Impact Ranking do Times Higher Education”.

PR/HN

 

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