A partir da análise de 35 estudos observacionais, o estudo desenvolvido pela Egas Moniz indica que 53% dos casos podem ter descoloração, 36% malformações coroa-radiculares e agenesia (ausência de dente); 32% hipoplasia do esmalte (defeito quantitativo de esmalte); 29% alterações da forma da raiz e 24% erupção dos dentes.
Luísa Bandeira Lopes, investigadora do Egas Moniz Center for Interdisciplinary Research, refere que “o principal objetivo do estudo é fornecer informações aos oncologistas pediátricos para as principais e possíveis alterações dentárias que têm um impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes e das famílias. De uma forma geral, os principais efeitos a curto prazo podem incluir cáries dentárias, inflamação da mucosa oral, hemorragia, alterações do paladar, infeções secundárias e doença periodontal, assim como as complicações a longo prazo identificadas neste estudo. A maioria dos sobreviventes do cancro apresenta pelo menos uma destas sequelas dentárias, por isso, através destes resultados, é destacado coletivamente a importância dos cuidados de saúde oral e da prevenção de doenças em sobreviventes de cancro infantil”.
Os efeitos secundários tardios da quimioterapia e da radioterapia em sobreviventes de cancro pediátrico são numerosos, o que desafia os cuidados clínicos e a gestão no contexto dentário. Relativamente aos tipos de cancro, verifica-se que o cancro mais prevalente em crianças a nível mundial é a leucemia, com a taxa mais elevada, seguida dos tumores do sistema nervoso central e ainda os linfomas. Recentemente, os tratamentos anticancerígenos combinados foram identificados como sendo responsáveis por efeitos orais tardios, incluindo defeitos de desenvolvimento craniofacial e dentários e disfunção das glândulas salivares, especialmente quando efetuados numa idade jovem.
Comprometida com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 para o ensino superior, a Egas Moniz foi recentemente considerada a melhor universidade privada portuguesa no Ranking de Inovação, pela SCImago Institution Rankings. Para além disso, foi também reconhecida como primeira classificada no contexto dos ODS 1 e 3, respetivamente Saúde de Qualidade e Erradicar a Pobreza, entre as instituições de ensino privadas do país e como segunda no ranking nacional, no “Impact Ranking do Times Higher Education”.
PR/HN
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