OMS recorda que a saúde é um direito que ainda não chega a metade da população mundial

6 de Abril 2024

Mais de metade da população mundial, cerca de 4,5 mil milhões de pessoas, não tem ainda acesso a serviços essenciais de saúde, lembrou a Organização Mundial de saúde (OMS) na véspera da comemoração, no domingo, do 76.º aniversário da sua criação.

O Dia Mundial da Saúde, que assinala o nascimento da OMS em 7 de abril de 1948, tem este ano o lema “A minha saúde, o meu direito”, com que a agência mundial da saúde pretende recordar que muitas promessas de saúde para todos não estão a ser cumpridas e, mesmo nos locais onde o são, existe o perigo de retrocesso.

“Em todo o mundo, o direito à saúde está em risco devido à falta de ação política, de responsabilidade ou de financiamento”, afirma em comunicado da OMS emitido para assinalar o dia internacional.

A agência de saúde da ONU recorda ainda que dois mil milhões de pessoas sofrem de problemas financeiros para pagar os cuidados de saúde, uma situação que se agravou nas últimas duas décadas.

Para resolver estas questões, a OMS apelou para um investimento global entre 200 mil milhões e 328 mil milhões de dólares, por ano, para aumentar os cuidados de saúde primários nos países em desenvolvimento, o que equivaleria a cerca de 3,3% do PIB mundial.

A organização sublinha que não são apenas as barreiras financeiras que impedem a universalização da cobertura de saúde, mas também a marginalização de grupos como as minorias étnicas, os migrantes e refugiados, as pessoas com deficiência, as pessoas LGBTQI+, entre outros.

“A OMS apela a todos os governos para que garantam que todas as leis, todas as políticas, façam avançar o direito à saúde: desde a tributação do tabaco, do açúcar ou do álcool, à eliminação das gorduras trans, ao fim dos subsídios aos combustíveis ou à garantia de um trabalho digno para os profissionais de saúde”, afirmou.

A agência da ONU recordou ainda que foram perpetrados numerosos ataques a instalações de saúde em vários conflitos atuais, o que “é um dos exemplos mais flagrantes de violação do direito à saúde”.

NR/HN/Lusa

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Brasil declarado livre de febre aftosa sem vacinação

O Brasil, maior produtor e exportador mundial de carne bovina, foi declarado livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), anunciou hoje a associação patronal brasileira do setor.

Informação HealthNews: Ana Paula Martins será reconduzida no cargo

De acordo com diferentes fontes contactada pelo Healthnews, Ana Paula Martinis será reconduzida no cargo de Ministra da Saúde do XXV Governo constitucional, numa decisão que terá sido acolhida após discussão sobre se era comportável a manutenção da atual ministra no cargo, nos órgão internos da AD. Na corrida ao cargo, para além de Ana Paula Martins estava Ana Povo, atual Secretária de Estado da Saúde, que muitos consideravam ser a melhor opção de continuidade e Eurico Castro Alves, secretário de estado da Saúde do XX Governo Constitucional.

Auditorias da IGAS apontam fragilidades no combate à corrupção no SNS

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde realizou 14 auditorias a entidades do SNS desde 2023, que identificaram áreas críticas que exigem reforço nos mecanismos de controlo interno e prevenção da corrupção nas entidades auditadas, revela um relatório hoje divulgado

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights