A presidente da FNAM afirmou hoje que irá levar a reposição das 35 horas semanais e a progressão da carreira à próxima reunião com o Ministério da Saúde, agendada para dia 26 de abril às 11h00.
Em declarações ao nosso jornal, Bordalo e Sá sublinhou que “mal a senhora ministra tomou posse, foi enviada uma missiva a pedir uma primeira audiência” para serem iniciadas reuniões. “O Ministério da Saúde enviou-nos, na semana, um email geral a informar que iriamos ser chamados e foi ontem que recebemos a confirmação. A reunião foi marcada para dia 26 de abril para as 11h00 com o assunto de apresentação de propostas/diálogo negocial. Era exatamente o que a FNAM pretendia.”
“A Federação Nacional dos Médicos tem o seu trabalho feito. As nossas reivindicações são conhecidas pela população em geral. Portanto, vamos continuar a exigir aquilo que ficou por fazer quando o anterior Executivo não teve competência para chegar a um bom acordo para os médicos ficarem no SNS”, apontou.
As reivindicações da FNAM passam pela reposição dos salários, das 35 horas semanais e da progressão na carreira.
De acordo com a responsável, os médicos foram das classes profissionais que mais poder de compra perdeu. “Continuamos a ser dos médicos mais mal pagados a nível europeu e, por isso, continuamos a emigrar e a fugir para o setor privado.”
Joana Bordalo e Sá chamou a atenção para a importância da progressão na carreira. “Queremos que os concursos se executem de forma mais célere. Um médico assistente para passar a graduado é sujeito a um concurso. Atualmente o que acontece é que abre o concurso, depois constitui-se o júri… Existe uma série de passos que faz com que só ao fim de três ou quatro anos da abertura do concurso, é que o médico passa efetivamente a graduado”.
“Por outro lado, no topo da carreira, no assistente graduado sénior, abrem pouquíssimas vagas por ano… A última categoria da carreira é praticamente inacessível para a esmagadora maioria dos médicos. Isto não pode continuar”, reforçou.
Sobre a reunião que irá decorrer na próxima sexta-feira entre sindicato e tutela, a FNAM frisa: “Esperamos que haja abertura para celebrar um protocolo negocial, em que depois de iniciado haja seriedade, competência, rigor e transparência… Não queremos jogos de bastidores na mesa negocial. Não queremos negociatas obscuras. Queremos que as coisas funcionem.”
“Fica já o aviso, a Federação Nacional dos Médicos jamais irá dar como moeda de troca a perda de direitos, é algo que não iremos aceitar”, acrescentou.
HN/VC
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