“Estão igualmente associadas a mais de 400 doenças raras, sendo importante garantir o seu diagnóstico atempado e tratamento precoce”, recordam, num comunicado divulgado pela Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM).
Citando outras sociedades médicas associadas da Sociedade Europeia de Endocrinologia, a nota sublinha que a desregulação do sistema endócrino – constituído por várias glândulas que produzem diferentes hormonas – “contribuiu também para mais de 400 doenças raras que afetam cerca de 30 milhões de europeus”.
“Estas doenças apresentam um diagnóstico ainda tardio e são frequentemente crónicas e/ou fatais”, afirmam.
As sociedades médicas renovam o apelo à sensibilização para o “papel vital” das hormonas na prevenção de doenças raras e crónicas e para a importância de colocar a saúde endócrina nas prioridades da agenda europeia.
Para a SPEDM, é urgente reunir conhecimentos e competências, a nível europeu, que impulsionem a inovação e a investigação, permitindo “um diagnóstico célere destas doenças, o acesso a tratamentos inovadores e a igualdade na utilização de recursos em saúde”.
“Um diagnóstico atempado pode realmente mudar vidas”, considera a SPEDM, acrescentando: “Este deve ser um esforço conjunto e, também por isso, reforçamos o apelo para que estas medidas de prevenção, sensibilização e tratamento sejam apoiadas e integradas nos sistemas nacionais de saúde em toda a Europa”.
O apelo foi lançado no âmbito do Dia Europeu da Hormona, que se assinala na quarta-feira.
Na campanha deste ano foi também publicado um conjunto de 10 recomendações para uma boa saúde hormonal, incluindo a prevenção de défices hormonais evitáveis, por exemplo, aumentando o consumo de salmão e sardinha, que garantem um maior aporte de vitamina D, ou o consumo de iogurte ou amêndoas, que têm cálcio, que promove uma melhoria da saúde óssea.
Os especialistas chamam ainda a atenção para a importância de adotar um estilo de vida saudável, reduzindo a exposição de substâncias como os disruptores endócrinos (presentes em plásticos, por exemplo), assim como de reconhecer os sinais e sintomas iniciais de doenças endócrinas, como a sede excessiva, o ganho ou perda de peso não intencional e a sensibilidade ao frio, entre outros.
LUSA/HN
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