O projeto de Monitorização Obstétrica Multidisciplinar no Domicílio, único a nível nacional, destina-se a grávidas residentes na área metropolitana de Lisboa, com internamento prévio na Unidade de Internamento de Medicina Materno-Fetal (UIMMF) com ameaça de parto pré-termo, após estabilização e avaliação clínica e com condições para ser transferida para o contexto domiciliário.
Segundo a informação avançada à agência Lusa, a criação de uma equipa multidisciplinar de hospitalização domiciliária para grávidas permite reduzir o tempo de internamento e os custos associados, aumentar o número de vagas, reduzir as infeções hospitalares multirresistentes, reduzir as taxas de reinternamento e a recorrência à urgência hospitalar
“É, igualmente, valorizada a humanização dos cuidados, com centralidade na grávida e na família, diminuindo o impacto social, familiar e psicológico de internamentos prolongados”, salienta a ULS São José.
A presidente do Conselho de Administração da ULS São José, Rosa Valente de Matos, afirma que se trata de “um projeto pioneiro e inovador”, que permite, por um lado, “prestar melhores cuidados de saúde às grávidas, melhorando a sua qualidade de vida, e, por outro, otimizar recursos”.
“É um excelente exemplo de cuidados centrados na doente, que é acompanhada no seio da sua família”, sublinha Rosa Valente de Matos.
A equipa é constituída por médicos e enfermeiros especialistas, assistente social e assistente técnico, sendo garantido à grávida o acesso a todas as especialidades e meios complementares de diagnóstico e terapêutica necessários ao seu plano terapêutico.
Através de uma equipa multidisciplinar, é assegurada a vigilância das grávidas em hospitalização domiciliária, sete dias por semana, 24 horas por dia.
Durante a semana, é realizada, diariamente, uma videoconsulta com o médico e enfermeiro especialista para avaliação da grávida, e uma vez por semana é feita uma visita presencial.
“Esta vigilância à distância, que permite o internamento da grávida fora das instalações da ULS São José, só é possível graças à diferenciação técnica, científica e humana da equipa responsável, aliada à inovação tecnológica que garante a monitorização por telemetria do bem-estar materno e fetal”, refere a instituição.
LUSA/HN
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