“Hoje começaram tratamentos a alguns doentes de oncologia e hematoncologia. Será de forma faseada e os doentes serão contactados pelos respetivos serviços”, adiantou uma fonte do serviço de comunicação da maior unidade de saúde dos Açores.
A restante atividade clínica nas instalações no Hospital de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, mantém-se suspensa, devido ao incêndio que ocorreu há cerca de uma semana.
O incêndio no hospital de Ponta Delgada, que deflagrou pelas 09:40 locais de 04 de maio (10:40 em Lisboa) e só foi declarado extinto às 16:11, obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados para vários locais dos Açores, Madeira e continente.
Na altura do incêndio estavam no estabelecimento de saúde 333 doentes e foi necessário transferir 240.
O Governo dos Açores declarou no dia seguinte a situação de calamidade pública para “acelerar procedimentos” que permitam normalizar, num “curto espaço de tempo”, a atividade da maior unidade de saúde açoriana.
A direção clínica anunciou na quarta-feira que o hospital vai ser reativado “lentamente”.
Não foi ainda divulgada uma contabilização dos estragos do fogo.
Entretanto, o PS/Açores, que tinha pedido a audição no parlamento regional da secretária regional da Saúde, Mónica Seidi, adiantou hoje que a Comissão de Assuntos Sociais da Assembleia Legislativa aprovou a proposta socialista.
O PS/Açores justificou a proposta com a necessidade de “compreender e obter esclarecimentos sobre o plano de trabalhos de normalização da prestação de cuidados de Saúde na região”, mas também “conhecer a calendarização do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) para a retoma da atividade do HDES”, segundo refere o deputado socialista José Miguel Toste, citado numa nota de imprensa.
O parlamentar socialista alerta que o incêndio no HDES “debilitou o Serviço Regional de Saúde”, uma vez que a maior unidade hospitalar da região “não serve apenas a ilha de São Miguel”, mas “todos os açorianos que necessitem de consultas de especialidade e, eventualmente, de cirurgias de maior complexidade”.
A proposta de audição da secretária Regional da Saúde e Solidariedade Social na Comissão de Assuntos Sociais “foi aprovada por maioria, contando apenas com o voto contra do Chega”, lê-se ainda na nota.
LUSA/HN
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