Os principais objetivos da sessão foram apresentar dados científicos que demonstram a superioridade da vacina de dose elevada em termos de imunogenicidade e eficácia clínica, especialmente em grupos vulneráveis como idosos, imunocomprometidos e doentes com doenças respiratórias, cardiovasculares e diabetes. Bruno Almeida enfatizou a necessidade de estratégias diferenciadas para esses grupos, afirmando: “As respostas à vacina contra a gripe tendem a tornar-se menos eficazes com a idade e a imunossenescência, por isso foram concebidas estratégias como doses antigénicas mais elevadas para aumentar a imunogenicidade da vacina.”
Durante a palestra, o orador apresentou um documento de consenso de seis sociedades médicas de Portugal sobre a vacinação contra o vírus influenza em idosos e doentes com doenças crónicas. “Na época de 2022/2023, a Efluelda, uma vacina quadrivalente de alta dose, foi distribuída gratuitamente para residentes em lares de idosos. Contudo, a evidência científica revelou que os benefícios desta vacina também se estendem a idosos relativamente mais jovens que residem na comunidade, especialmente aqueles com comorbilidades,” explicou.
Outro ponto abordado foi a vacinação dos profissionais de saúde contra a gripe. Dada a maior exposição destes profissionais ao vírus e o risco de transmissão para doentes de alto risco, Bruno Almeida destacou a importância da vacinação neste grupo. “É fundamental vacinar os profissionais de saúde contra a gripe. Contudo, continua a verificar-se uma taxa de vacinação muito baixa neste grupo, utilizando a clássica vacina de dose standard. A disponibilização de vacina de dose elevada a este grupo poderia aumentar a adesão,” sugeriu.
A apresentação de Bruno Almeida sublinhou a importância de adaptar as estratégias de vacinação para melhorar a proteção das populações mais vulneráveis, oferecendo insights importantes para a comunidade médica sobre como melhorar a eficácia das campanhas de vacinação contra a gripe.
SPMI/30ºCNMI/HN
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