“Nós, para o imediato, precisávamos de seis pediatras para garantir a escala. Claro que o desenvolvimento do serviço necessita de mais, porque há muito mais áreas onde têm de desenvolver a atividade”, explicou Eduardo Melo.
O clínico falava hoje na audição parlamentar da Comissão de Saúde, a pedido do Chega e do Bloco de Esquerda, que quiseram ouvir o conselho de administração (CA) que pediu demissão em 13 de junho.
O pedido foi justificado por “quebra de confiança política” e surgiu depois de a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, afirmar no Parlamento que as ULS têm “lideranças fracas” e que “não é aceitável ter em janeiro hospitais com profissionais já com o valor de horas extra anuais obrigatórias atingido”.
O presidente da administração, Nuno Duarte, esclareceu que as declarações da ministra manifestaram “uma enorme falta de respeito” pelo CA e, “principalmente, por alegar factos que não correspondem à realidade”.
Afirmou que a “dignidade impera, que há linhas vermelhas inultrapassáveis” e que por isso pediram demissão.
Eduardo Melo destacou também a “polivalência necessária nos serviços de pediatria geral em hospitais do interior, como é o de Viseu, e que não acontece em outros hospitais, como Lisboa”.
“Uma resposta polivalente que abrange o apoio desde o bloco de partos, do nascimento à neonatologia, à primeira e segunda infância até à medicina da adolescência”, descreveu.
O CA afirmou ainda que, “desde o dia 01 de junho, não há nenhuma criança em situação de urgência que tenha ficado sem resposta”.
LUSA/HN
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