Os técnicos superiores de diagnóstico da Unidade Local de Saúde Amadora-Sintra cumprem hoje e quarta-feira uma greve por não terem obtido resposta concreta à exigência de revisão da tabela salarial, estando prevista para hoje uma concentração junto ao Ministério da Saúde.
“A informação que estamos a ter relativamente ao Hospital [Fernando da Fonseca], onde estão a ser cumpridos os serviços mínimos, é de que temos uma adesão de 90 a 95%. Estão a ser afetados serviços ao nível das análises clínicas, farmácia, radiologia e fisioterapia”, disse à Lusa o presidente do Sindicato Nacional de Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), que convocou o protesto.
De acordo com Luís Dupont, os trabalhadores em greve hoje estão a assegurar os serviços mínimos na urgência e no apoio à urgência, bem como no tratamento dos doentes oncológicos e das alimentações parentéricas.
A principal reivindicação deste universo de 300 trabalhadores prende-se com a revisão da tabela salarial para a carreira, “que, entretanto, foi perdendo competitividade” na Unidade Local de Saúde Amadora-Sintra, uma das primeiras experiências de gestão privada de uma instituição pública, comparativamente com outras unidades semelhantes.
Simultaneamente, os trabalhadores pretendem “abrir a negociação da adesão ao contrato coletivo”, disse.
Em conjunto com a revisão da tabela salarial do Acordo de Empresa, os profissionais pretendem discutir a adesão ao Acordo Coletivo de Trabalho entre o Centro Hospitalar Barreiro Montijo e outros e o STSS e outros sindicatos.
O conselho de administração da Unidade Local de Saúde Amadora-Sintra (que inclui o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca) começou por dizer que não podia iniciar uma negociação com o sindicato sem “autorização do novo Governo”, mas, recentemente, adiantou ter recebido “autorização da tutela simplesmente para fazer a adesão ao contrato coletivo e não a revisão da tabela salarial”.
Luís Dupont adiantou que os trabalhadores que vão concentrar-se junto ao Ministério da Saúde vão aprovar uma moção.
“O que se pretende é fazer chegar a moção ao gabinete da ministra”, disse.
Os trabalhadores já realizaram uma greve em 27 de junho e têm também agendada uma paralisação para 25 e 26 deste mês.
“Iremos manter as greves se não houver por parte do Ministério da Saúde vontade para resolver o problema, mas nós julgamos que é possível que haja condições para resolver este assunto”, indicou.
LUSA/HN
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