O Serviço de Urgência de Ginecologia/Obstetrícia da MAC, o único a receber grávidas em Lisboa, foi um dos oito serviços que estiveram abertos na região de Lisboa e Vale do Tejo durante o fim de semana (seis estiveram fechadas), referiu a Direção Executiva do SNS.
Num balanço feito em conferência de imprensa na MAC, a enfermeira diretora da Unidade Local de Saúde (ULS) São José, Maria José Costa Dias adiantou que desde as 00:00 de sexta-feira até hoje de manhã foram realizados “uma média de 19 partos em cada 24 horas”, acima da média realizada na maternidade, que ronda os 10, 12 partos por dia.
Durante este período, a MAC teve de transferir cerca de 10 “puérperas e recém-nascidos em situação perfeitamente estabilizada para outros hospitais”, porque o internamento do puerpério da MAC “só tem 30 camas”, disse a responsável.
“Para continuarmos a dar resposta em termos da sala de partos e conseguir drenar as senhoras para o puerpério, transferimos para outros hospitais, a quem agradecemos também o terem recebido senhoras que são da sua área”, referiu Maria José Costa Dias à agência Lusa.
A enfermeira diretora realçou a importância destas transferências, porque disponibilizaram mais camas no puerpério para a MAC continuar a dar resposta a nível da sala de partos.
Segundo a informação publicada no Portal do SNS, estão hoje encerrados quatro serviços de Ginecologia/Obstetrícia em Lisboa e Vale do Tejo (hospitais Santa Maria, Lisboa, de Setúbal, Almada, Caldas da Rainha e no Hospital de Leiria).
Questionada se a procura do serviço de urgência da MAC continua hoje elevada, Maria José Costa Dias afirmou que sim.
“Continua acrescida e, até em função do fim de semana, iremos hoje também transferir mais senhoras para outras maternidades, salientou.
De acordo com a enfermeira diretora, a MAC tem as equipas dotadas com os recursos considerados “necessários e suficientes” para dar a melhor resposta e com segurança.
“Neste momento, já estamos a fazer todo o reforço possível para dar a resposta. Somos uma das poucas maternidades que está aberta e, contrariamente até àquilo que tem sido veiculado por alguns comentadores na comunicação social, não temos excesso de profissionais. Temos os profissionais necessários para dar a resposta que temos de dar em função da procura que temos”, realçou.
Maria José Costa Dias quis deixar um agradecimento a toda a equipa da Maternidade Alfredo da Costa, da urgência e do internamento, sublinhando “que tem cumprido a sua missão e tem tido um sentido de missão notável na resposta que tem continuado a dar ao longo destes dias” em que houve um aumento do movimento.
LUSA/HN
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