“Um total de 195 pessoas tiveram complicações oculares graves devido, sobretudo, à automedicação e à aplicação de substâncias tóxicas nos olhos”, afirmou a responsável, referindo que os pacientes recorreram ao uso de limão, urina, pomadas para o corpo e diversas plantas para curar a conjuntivite.
A chefe do Programa Nacional de Oftalmologia acrescentou que do total de 119 que contraíram cegueira irreversível, 41 pessoas ficaram cegas nos dois olhos e 78 desenvolveram cegueira parcial.
Segundo Lígia Munguambe, durante o período do surto da conjuntivite, de fevereiro a maio deste ano, foram registados 68.400 casos cumulativos da doença: “mas faz mais de dois meses que não estamos a reportar, nas unidades sanitárias, casos de conjuntivite hemorrágica”.
O presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, alertou em 22 de março, em Maputo, que o surto de conjuntivite que afetava várias regiões do país estava a condicionar a produtividade das empresas.
“A emergência do surto de conjuntivite está a afetar a produtividade laboral. As empresas têm estado a dispensar os funcionários afetados, que ficam mais de 15 dias em casa, afetando o desempenho das empresas”, disse Vuma, ao intervir na primeira sessão plenária ordinária da Comissão Consultiva do Trabalho.
LUSA/HN
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