Mpox: Sindicato de jornalistas guineenses preocupado com vírus

22 de Agosto 2024

A presidente do Sindicato de Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (Sinjotecs) da Guiné-Bissau alertou hoje os profissionais do país sobre o vírus mpox e estranhou o silêncio das autoridades sobre o assunto.

Em declarações à Lusa, Indira Correia Baldé explicou a estratégia lançada pelo Sinjotecs para consciencializar os jornalistas para que possam começar a informar e a sensibilizar a população, a forma de contágio, os sintomas e a forma de prevenção.

O Sinjotecs lançou hoje um ‘flyer’ no qual informa os jornalistas sobre o que é o mpox e que cuidados há a ter.

“Segundo a OMS [Organização Mundial de Saúde] poderá se transformar numa nova pandemia, então devemos estar na linha de frente, proativos em informar, sensibilizar a nossa população da existência desta doença”, notou Indira Correia Baldé.

No ‘flyer’, o Sinjotecs apela os jornalistas para alertarem a população sobre os riscos de consumo da carne de animais mortos, em circunstâncias desconhecidas.

A presidente lembrou o papel desempenhado pelo Sinjotecs durante a pandemia da covid-19, em que, disse, esteve “mais à frente do que o Governo” na preparação de mensagens de sensibilização à população.

“A nossa vida não é feita só [de assuntos da] política. Para estarmos bem na política precisamos de ter saúde”, defendeu Baldé.

A presidente do sindicato dos jornalistas afirma que ainda não ouviu nenhuma instituição pública guineense a abordar o assunto do mpox no país que, disse, ser também desconhecido pela população.

“Temos de ver pela sociedade, nós, os jornalistas alertar os políticos de que há uma doença, há toda uma necessidade de agirmos a tempo para não sermos apanhados de surpresa”, observou.

 A responsável notou que “não é de hoje” que se está a falar do surgimento de “um vírus africano”.

Nos próximos dias, o Sinjotecs vai começar a emitir ‘spots’ publicitários em todas as rádios da Guiné-Bissau sobre o mpox, adiantou Baldé.

 A OMS declarou o surto de mpox em África como emergência global de saúde, com casos confirmados entre crianças e adultos de mais de uma dezena de países e uma nova variante em circulação, considerada mais perigosa do que a detetada em 2022.

A nova variante pode ser facilmente transmitida por contacto próximo entre duas pessoas, sem necessidade de contacto sexual.

LUSA/HN

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