“O Ministério da Saúde falhou os compromissos assumidos com os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, levando os profissionais a avançarem com uma greve nacional”, afirma o sindicato em comunicado.
O sindicato adianta que a paralisação, agendada para os dias 28, 29, 30 e 31 de outubro, “surge em resposta à falta de ação do Governo em questões críticas relacionadas com a progressão na carreira e a aplicação de pontos da avaliação de desempenho, que afetam diretamente o posicionamento remuneratório dos trabalhadores, mas também de questões macro que carecem de protocolo negocial”.
O presidente do STSS, Luís Dupont, refere no comunicado que o Ministério da Saúde se comprometeu em julho a clarificar a questão da atribuição de pontos com base na avaliação de desempenho, “que não é uma matéria negocial”, até ao final de outubro e a agendar para este mês uma reunião para elaboração do protocolo negocial, atualizar a tabela salarial e corrigir injustiças na revisão de carreira.
”Contudo, até ao momento, nada foi feito e o silêncio persiste”, lamenta Luís Dupont.
Como consequência, os trabalhadores planeiam intensificar as formas de luta, estando em cima da mesa a possibilidade de uma greve conjunta com todos os setores da saúde.
Além de greves semanais, por instituição, como já tem vindo a acontecer, a estrutura sindical avança com a greve nacional contínua de quatro dias e uma concentração.
“No dia 29 de outubro, estes profissionais vão concentrar-se em Lisboa. Com uma forte adesão esperada, reivindicam a marcação de uma reunião com o Governo para assinatura de um protocolo negocial que inclua a revisão da tabela salarial, resolução de injustiças na progressão de carreira e compensação por riscos”, realça o STSS.
Exigem, ainda, a correta aplicação do sistema de avaliação, a contabilização do tempo de serviço para progressão, e a admissão de mais profissionais.
Os profissionais requerem também a abertura de concursos e pagamento das diferenças salariais devidas, regularizando situações de precariedade e garantindo justiça salarial.
“Desta vez, a greve só será suspensa se houver respostas concretas e avanços reais nas nossas reivindicações. Já não basta o simples agendamento de uma reunião, precisamos de ações tangíveis e imediatas”, assegura Luis Dupont.
O sindicato alerta que devido à greve poderão ficar por realizar exames complementares de diagnóstico, como análises clínicas, ecografias, raio X, entre outros, bem como atividades nas áreas da terapêutica, nomeadamente, farmácias hospitalares, fisioterapia, terapia da fala ou terapia ocupacional.
“A não realização destes exames terá impacto não só no diagnóstico, mas como em cirurgias programadas, por exemplo”, salienta, acrescentando que “os serviços mínimos assegurarão apenas as urgências”.
LUSA/HN
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