Além da freguesia de Assentis, a adaptação na distribuição de médicos permitirá também que os utentes de Casais da Igreja passem “a ter atendimento semanal às sextas-feiras”, de acordo com um comunicado da Unidade Local de Saúde (ULS) do Médio Tejo.
“O conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Médio Tejo adaptou temporariamente a distribuição de médicos de cuidados de saúde para garantir continuidade de cuidados prestados à população de Assentiz [grafia também utilizada para designar a freguesia] e Casais de Igreja. Desta forma, fica garantido o acesso dos utentes afetados pela ausência por baixa médica da especialista que assegurava atendimento nestas localidades”, lê-se na nota da ULS Médio Tejo.
A extensão de Assentis terá “apoio médico semanal às terças-feiras”, adianta a ULS Médio Tejo, que salienta “o esforço adicional dos profissionais envolvidos nesta reorganização temporária”.
Por outro lado, com a adaptação na distribuição de clínicos, os utentes de Parceiros de Igreja terão “uma redução temporária no horário de atendimento, para garantir esta atuação em rede solidária”, acrescenta a ULS Médio Tejo, assegurando que “está ativamente a procurar um novo médico para as extensões de Assentiz e Casais de Igreja, para suprir a ausência imprevista e por tempo indeterminado, da profissional de saúde que ali garantia o atendimento”.
No final de outubro, a Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) alertou para a falta de médico de família na freguesia de Assentis, no concelho de Torres Novas, distrito de Santarém, que estava a afetar uma população maioritariamente idosa.
“Assentis é a freguesia mais distante da sede do concelho, com escassos transportes, com população envelhecida e de parcos recursos, e é difícil compreender que digam à população que a alternativa é na cidade de Torres Novas”, afirmou na altura à Lusa o porta-voz dos utentes da saúde, Manuel José Soares.
Segundo Manuel José Soares, o problema da falta de médicos arrasta-se desde 2022, sendo colocado pontualmente um médico na freguesia, mas sem se conseguir a fixação dos clínicos.
Contactada pela Lusa na ocasião, a ULS Médio Tejo confirmou a ausência de um clínico em Assentis, adiantando que estava “a ultimar uma solução temporária para a ausência da médica da extensão”, por “motivo inesperado de doença súbita”.
A CUSMT, que tinha agendado para hoje à noite um plenário com a população, cancelou a iniciativa na sequência da informação divulgada pela ULS Médio Tejo.
LUSA/HN
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