“Até ao final da manhã do presente dia, foram contactados cerca de 620 agregados familiares que representam 1.464 utentes desta freguesia, tendo 1.071 aceitado integrar a USF [Unidade de Saúde Familiar] Lusitano”, indicou a Unidade Local de Saúde em comunicado.

Dos utentes contactados, 112 não aceitaram a transferência e 23 pediram para voltar a ser contactados para comunicar a decisão final do agregado familiar.

A auscultação dos utentes de saúde da freguesia de Arranhó para optarem pela USF Lusitano, no Centro de Saúde de Arruda dos Vinhos, ou permanecerem na extensão de saúde de Arranho, deverá ser concluída “nos próximos dias”.

Segundo a ULS, a extensão de saúde de Arranhó “está sem médico de família e com limitações na acessibilidade a consultas, pelas competências técnicas da equipa que lá trabalha”, com um único médico, existindo por isso “dificuldade na acessibilidade a cuidados de saúde”.

Na sede do concelho, ainda de acordo com a ULS, os utentes dispõem a partir deste mês de uma médica, enfermeira e secretária de família que, além de consultas e tratamentos, asseguram cuidados de saúde infantil e juvenil, avaliação e seguimento de grávidas, acompanhamento em planeamento familiar, realizam domicílios, entre outras valências, “traduzindo-se numa maior capacidade de resposta em saúde”.

A Câmara de Arruda dos Vinhos, no distrito de Lisboa, já se manifestou contra a deslocação de utentes de Arranhó para a sede do concelho, face ao receio de a extensão de saúde da freguesia vir a encerrar.

“A Câmara Municipal jamais estaria disponível” para concordar com qualquer reorganização “que colocasse em causa o encerramento dos cuidados de saúde na unidade de saúde em Arranhó”, indicou o município em comunicado.

O município recordou ainda que vai fazer obras de requalificação das instalações da extensão de saúde de Arranhó, que serão financiadas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, tendo já transmitido essa informação à administração da ULS do Estuário do Tejo.

“A Câmara Municipal defende intransigentemente o direito da população inscrita em Arranhó de escolher”, salientou, defendendo a “máxima descentralização dos serviços de saúde no concelho”.

A ULS do Estuário do Tejo já esclareceu que “a extensão de saúde de Arranhó nunca esteve prevista encerrar”.

NR/lusa/HN