ULS de Coimbra aumenta atividade assistencial na região em 2024

14 de Janeiro 2025

A Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra aumentou em 2024 a atividade assistencial na região, comparativamente a 2023, tendo ficado muito próxima de realizar um milhão de consultas e registado mais de cinco mil nascimentos.

Em conferência de imprensa para efetuar o balanço de um ano de atividade, o presidente do conselho de administração anunciou hoje que no ano passado a nova estrutura conseguiu aumentar o número de consultas, de cirurgias, de telemedicina, de sessões de hospital de dia e dar uma “melhor resposta à doença aguda”.

Segundo Alexandre Lourenço, a ULS de Coimbra, que abrange 21 concelhos, realizou em 2024 um total de 992.227 consultas médicas, mais 45 mil do que em 2023, ficando a menos de oito mil de alcançar a marca de um milhão.

“Precisávamos de mais um dia [útil] para atingir esse número histórico, já que fazemos 10 mil consultas por dia útil, mas certamente que em 2025 vamos chegar a um milhão de consultas dentro da ULS”, salientou.

O ano de 2024 também fica marcado como aquele em que as duas maternidades de Coimbra (Bissaya Barreto e Daniel de Matos) realizaram mais partos desde 2012, com um total de 5.059 nascimentos, o que representa um aumento de 4,4% relativamente a 2023.

Aos jornalistas, o presidente da ULS de Coimbra destacou a redução em 5% do número de episódios de urgência hospitalar geral, dos quais 31% são fora da sua área de influência, e o reforço da aposta no atendimento à doença aguda nos cuidados de saúde primários.

“A partir do momento que implementámos o programa ‘Ligue Antes, Salve Vidas!’, a 4 de novembro, verificámos uma contínua redução dos episódios nos serviços de urgência, com uma queda permanente por semana, apesar de estarmos em sobreprocura devido às infeções respiratórias”, disse.

De acordo com Alexandre Lourenço, é possível perceber “claramente que a implementação dos centros de Atendimento Clínico e o trabalho das unidades dos Cuidados de Saúde Primários para aumentar a capacidade de resposta à doença aguda conseguiu este decréscimo, que teve uma estabilização nas duas últimas semanas”.

“Existe uma melhor resposta à doença aguda, em proximidade, com melhor qualidade, pelo que é possível melhorar a acessibilidade fora dos serviços de urgência, que devem ser destinados a doentes urgentes, muito urgentes e emergentes”, frisou.

Neste momento, cerca de um quinto da resposta à doença aguda é prestada nos Cuidados de Saúde Primários, que evitam a deslocação dos doentes às urgências hospitalares, o que já permitiu uma redução dos tempos de espera de 40 minutos entre a triagem e a primeira observação.

“A nossa melhoria da resposta à doença aguda vai manter-se em 2025, com a ULS a continuar a trabalhar para conseguir dar melhores respostas em proximidade à população, sobretudo onde há mais dificuldades”, referiu Alexandre Lourenço.

Ao nível da cirurgia, verificou-se, também em 2024, um crescimento do número de doentes intervencionados de 7,9%, o que significa mais 3.764 operados, ultrapassando o “número histórico” das 50 mil pessoas sujeitas a cirurgia no parque hospitalar de Coimbra.

Já a partir deste mês de janeiro, a ULS de Coimbra vai aumentar a sua capacidade de cirurgia programada e urgente com a entrada em funcionamento de dois blocos operatórios no serviço de urgência, que estiveram em obras.

NR/lusa/HN

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