“Este terrível ataque, que atingiu o único hospital ainda em funcionamento na maior cidade do Darfur após mais de 21 meses de guerra, deixou o sistema de saúde do Sudão em frangalhos”, sublinhou Stéphane Dujarric.

“Nos termos do direito humanitário internacional, o secretário-geral reitera que os feridos e os doentes, bem como o pessoal médico e as instalações médicas, devem ser respeitados e protegidos em todos os momentos”, acrescentou, apelando a que os responsáveis por tais violações sejam responsabilizados.

De acordo com o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, o ataque de sexta-feira ao hospital sudanês de Al-Fasher, uma cidade sitiada pelo grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), matou 70 doentes e feriu outros 19.

A guerra no Sudão começou em abril de 2023 após o fracasso das negociações para integrar os paramilitares no exército no contexto de uma transição política no país após o derrube da ditadura do Presidente Omar al-Bashir, em 2019.

O conflito no Sudão entre o exército e as RSF desencadeou uma enorme catástrofe humanitária, matando dezenas de milhares de pessoas e desalojando mais de 12 milhões.

A fome é galopante nalgumas zonas do país, obrigando as famílias a sobreviver de erva e forragem, sobretudo no oeste e no sul do país.

lusa/HN