A estrutura sindical alega que mais de três dezenas de pedidos de intervenção inspetiva foram submetidos à Autoridade para as Condições do Trabalho, expondo situações de abuso por parte da administração da unidade.

O STTS acusa a ULS EDV de impor tarefas inadequadas aos auxiliares, como a limpeza de caixotes do lixo e instalações sanitárias, além de ameaças de processos disciplinares e transferências forçadas para quem se recuse a desempenhar funções que considera impróprias. A entidade sindical aponta ainda um ambiente de trabalho “tóxico”, com pressões constantes que têm levado muitos trabalhadores a estados de “stress extremo e burnout”, colocando em risco a sua saúde física e mental.

De acordo com o sindicato, a administração da ULS EDV está a violar o Decreto-Lei N.º 120/2023, que delimita claramente as funções dos auxiliares de ação médica, restringindo-as a tarefas relacionadas com os cuidados ao doente, tais como preparação de material para esterilização, descontaminação de dispositivos médicos e prestação de cuidados de higiene e conforto.

Face às denúncias, o STTS exige uma investigação rápida e eficaz, além da implementação de medidas que garantam um ambiente de trabalho adequado e respeitoso para todos os profissionais da ULS EDV.

Por sua vez, a administração da unidade de saúde nega as acusações, afirmando que refuta “com particular ênfase” as alegadas práticas de assédio moral e intimidação. Em resposta ao comunicado do sindicato, a ULS EDV lamenta a forma como o STTS expôs a situação, sublinhando que mantém um diálogo permanente com os seus profissionais e estruturas sindicais, assegurando que a prestação de cuidados de saúde é realizada com qualidade e em conformidade com a legislação vigente.

A situação continua a ser acompanhada pelas autoridades competentes e pelos trabalhadores envolvidos, aguardando-se os próximos desenvolvimentos.

NR/HN