As medidas constam do Plano de Ação de 2025 aprovado durante a VII Reunião de Ministros da Saúde da CPLP, realizada hoje na capital são-tomense, sob o lema “Promovendo a Saúde Integral e Sustentável na CPLP. Estratégias Inovadoras para Todas as Gerações”.
“Esta capacitação é feita em diferentes níveis, desde os níveis mais elementares com a rede de escolas de saúde da CPLP e depois a um nível de topo, se quisermos, de formação graduada e pós-graduada com a rede das escolas nacionais e com a rede dos institutos nacionais de saúde pública”, disse o diretor de cooperação da CPLP, Manuel Lapão em representação do secretário-executivo da organização.
O representante da CPLP, realçou que “este é um esforço de cooperação que é horizontal” e que permite que a partilha de experiências e lições aprendidas entre todos os Estados-membros seja posta ao serviço daqueles que, por uma razão ou outra, poderão ainda estar em momentos de desenvolvimento um pouquinho menores ou de grau relativo menor”.
“É importante porque muita desta cooperação que tem impacto estruturante nos Estados-membros da CPLP é feita quase sem aplicação de recursos financeiros, mas com uma grande determinação em aplicar conhecimento e capacidades instaladas de todos os Estados-membros”, sublinhou.
Por outro lado, Manuel Lapão realçou que “foi dado um destaque muito particular a temas que são vertentes da saúde internacional neste momento”, destacando “um grande apelo às instituições internacionais para que continuem a apoiar” a Organização Mundial da Saúde (OMS) e os Estados-membros da CPLP, “dado que a tendência é que os recursos financeiros para apoiar a cooperação na área da saúde baixem”.
Questionado sobre a baixa percentagem dos recursos previsto para o setor da Saúde nos Orçamentos do Estado dos países da CPLP, Manuel Lapão, assegurou que também “há essa preocupação”, por parte dos Estados membros.
“A declaração ministerial expressa preocupação com essa quebra do financiamento internacional, apela claramente a que no espaço da CPLP se consigam encontrar soluções de financiamento alternativas com o impacto dos nossos orçamentos e houve intervenções de duas ou três delegações que claramente falaram nesse aspeto”, sublinhou.
Sobre o tema “Promovendo a Saúde Integral e Sustentável na CPLP. Estratégias Inovadoras para Todas as Gerações” que dominou a reunião de São Tomé, Manuela Lapão enalteceu o transversalidade da saúde com várias áreas, nomeadamente, ambiente, ensino, ciência e tecnologia, direitos humanos, igualdade de género, juventude, água e recursos hídricos, direitos humanos e outras.
“Tudo isto impacta globalmente no sistema e portanto, por vezes, muitas das iniciativas que são desenvolvidas em outras áreas que não usam a saúde têm reflexo muito relevante na saúde”, sublinhou Manuel Lapão em declarações à Lusa.
O ministro da Saúde de São Tomé e Príncipe que assumiu a presidência da reunião, prometeu tudo fazer para maximizar a implementação das conclusões e recomendações do encontro para o “reforço das já ótimas relações de amizade e familiaridade” e “maior fluidez nos intercâmbios em matéria da saúde, proporcionando maior aproximação entre os quadros da saúde”.
“Hoje, mais do que nunca, com uma situação geopolítica económica adversa, mas com as novas tecnologias, a inovação, a nossa vontade de remarmos juntos, os mares que nos distanciaram já não serão barreiras. A prevenção das doenças e preparação para eventos emergentes, a cobertura universal da saúde, a inclusão social, a formação de quadros, a prestação de saúde de qualidade e o uso das novas tecnologias são objetivos comuns onde existem condições para que, interagindo, todos possamos sair mais fortes”, defendeu Celso Matos.
lusa/HN
0 Comments