A Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa (SCML) organizou, ontem, no Medicina ULisboa – Campus de Torres Vedras, o seu I Congresso, sob o tema “Repensar a Medicina – Inovação, Colaboração e a Saúde do Futuro”. O evento teve como propósito central promover uma reflexão profunda sobre os desafios e oportunidades que a inovação tecnológica traz à medicina contemporânea, sem descurar os princípios fundamentais da ética, empatia e humanismo.
O congresso reuniu especialistas de renome das áreas da medicina, saúde pública, engenharia e bioética, criando um espaço de diálogo interdisciplinar. As comunicações apresentadas evidenciaram a transformação acelerada que atravessa o setor da saúde, assim como a necessidade de preparar os profissionais para a nova era digital. A discussão centrou-se no potencial da tecnologia para melhorar os cuidados de saúde, desde que orientada para resolver problemas concretos e aplicada com responsabilidade ética e sensibilidade humana.
Durante o dia, foi amplamente debatido o equilíbrio entre os benefícios e os riscos da transformação digital, com destaque para a importância de colocar o doente no centro dos cuidados. A recuperação dos fundamentos humanistas da prática médica foi reiterada como essencial, reforçando a ideia de que a tecnologia deve ser um instrumento ao serviço da medicina, e não um substituto.
A SCML, uma das instituições científicas médicas mais antigas da Europa, fundada em 1822, destacou a colaboração de todos os palestrantes, participantes e parceiros como fundamental para o sucesso deste momento de reflexão e partilha. O congresso reforçou o compromisso da instituição em promover uma medicina inovadora, mas sempre ancorada na ética e no humanismo, princípios que continuam a orientar a sua atividade e o seu histórico Jornal, recentemente relançado em formato digital de acesso aberto.
PR/HN/MM
0 Comments