“Confirmamos mais um óbito de um homem. O homem entrou no hospital com insuficiência respiratória grave. Morreu esta manhã”, afirmou o médico guineense, na conferência de imprensa diária sobre a evolução do novo coronavírus no país.
Segundo Dionísio Cumba, neste momento, estão a ser investigados mais seis casos de óbito para determinar se estão relacionados com a doença.
O também diretor do Laboratório Nacional de Saúde Pública remeteu para sexta-feira novas atualizações, depois de ultrapassadas algumas dificuldades técnicas e de falta de material.
A Guiné-Bissau mantém assim 1.195 infeções por Covid-19 e 42 recuperados.
O coordenador do COES disse também que as autoridades de saúde estão à espera de um técnico de Portugal para arranjar as centrais de produção de oxigénio do hospital de Cumura e do Hospital Nacional Simão Mendes.
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, prolongou na terça-feira o estado de emergência no país até 10 de junho, mas pediu ao Governo para iniciar o desconfinamento para evitar o “colapso económico”.
As autoridades guineenses decidiram terça-feira abrir as fronteiras e permitir a entrada e saída de pessoas no território nacional e alargar o horário para a circulação de pessoas, que agora pode ser feito entre as 07:00 e as 18:00 locais, apesar de manterem o recolher obrigatório entre as 20:00 e as 06:00.
Em relação às atividades económicas, o Governo guineense passou a permitir a circulação de transportes de passageiros e de transporte de bens de consumo de primeira necessidade, a venda ambulante e o funcionamento dos serviços comerciais entre as 07:00 e as 20:00.
Em África, há 3.696 mortos confirmados em mais de 124 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (1.195 casos e oito mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (1.043 casos e 12 mortos), Cabo Verde (390 casos e quatro mortes), São Tomé e Príncipe (443 casos e 12 mortos), Moçambique (227 casos e um morto) e Angola (73 infetados e quatro mortos).
O país lusófono mais afetado pela pandemia é o Brasil, com 24.512 mortos e mais de 391 mil contaminados, sendo o segundo do mundo em número de infeções, atrás dos Estados Unidos (1,6 milhões) e à frente da Rússia (mais de 370 mil).
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 355 mil mortos e infetou mais de 5,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 2,2 milhões de doentes foram considerados curados.
LUSA/HN
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