Portugal desenvolve campanha internacional sobre esclerodermia

3 de Junho 2020

Este ano, a Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas e o seu Núcleo de Esclerodermia são responsáveis por criar a campanha internacional da Esclerodermia, no dia 29 de junho, data em que se assinala a nível global a doença. A campanha, desenvolvida pela Miligrama Comunicação em Saúde, visa sensibilizar a população e as autoridades de saúde internacional para os riscos associados à esclerodermia durante a pandemia.

De acordo com a diretora-geral da Miligrama, Andreia Garcia, o principal desafio da campanha foi “ter de reformular a estratégia de comunicação, tendo em conta o contexto da pandemia da Covid-19 e o seu impacto mundial”. O número de países e idiomas envolvidos foram, também, algumas dificuldades identificadas.

O foco da campanha tem por objetivo chamar a atenção da “opinião pública e autoridades e instituições, nacionais e internacionais, para os problemas de quem é portador da doença”. A mensagem quer, por isso, alertar para a vulnerabilidade dos doentes com esclerodermia no caso de ficarem infetados. “O nosso foco, em termos de comunicação, passou a estar centrado na necessidade de proteger os doentes com esclerodermia, particularmente os que têm envolvimento pulmonar e os que estão sob medicação imunossupressora, uma vez que têm imunidade reduzida e são mais vulneráveis a ter sintomas mais graves se contraírem o vírus Covid-19”, comenta a diretora-geral da Miligrama.

A empresa foi responsável por desenvolver e coordenar a campanha internacional para a Federação das Associações Europeias de Esclerodermia (FESCA). Além dos países que integram a FESCA, Alemanha, Bélgica, Croácia, Chipre, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Noruega, Polónia, Reino Unido, Roménia, Suécia e Suíça a campanha vai também chegar também a países como a Austrália, Brasil e EUA.

Todos os anos, milhares de pessoas são diagnosticadas com esclerodermia. Os especialistas garantem que “a qualidade de vida é severamente afetada uma vez que torna difícil a execução de ações simples e fundamentais, como respirar, comer e até sorrir”. A doença afeta principalmente mulheres entre os 35 e os 50 anos. Os profissionais de saúde afirmam que a doença pode ser mortal, mas admitem que apesar de não haver uma cura, “o diagnostico precoce pode fazer toda a diferença”.

PR/HN/Vaishaly Camões

 

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Consórcio português quer produzir terapias inovadoras com células CAR-T

Um consórcio português que junta clínicos, investigadores e académicos quer desenvolver capacidade nacional para produzir terapias inovadoras com células CAR-T, uma forma avançada de imunoterapia que tem demonstrado taxas de sucesso em certos cancros do sangue, foi hoje divulgado.

Consumo de droga em Lisboa aumentou e de forma desorganizada

Uma técnica de uma organização não-governamental (ONG), que presta assistência a toxicodependentes, considerou hoje que o consumo na cidade de Lisboa está a aumentar e de forma desorganizada, com situações de recaída de pessoas que já tinham alguma estabilidade.

Moçambique regista cerca de 25 mil casos de cancro anualmente

Moçambique regista anualmente cerca de 25 mil casos de diferentes tipos de cancro, dos quais 17 mil resultam em óbitos, estimaram hoje as autoridades de saúde, apontando a falta de profissionais qualificados como principal dificuldade.

Ana Povo e Francisco Nuno Rocha Gonçalves: secretários de estados da saúde

O XXV Governo Constitucional de Portugal, liderado pelo Primeiro-Ministro Luís Montenegro, anunciou a recondução de Ana Margarida Pinheiro Povo como Secretária de Estado da Saúde. Esta decisão reflete uma aposta na continuidade das políticas de saúde implementadas no mandato anterior.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights