“O plano estratégico nunca estaria completo sem considerar uma solução definitiva para o serviço de obstetrícia e neonatologia [nova maternidade], que será tomada a muito curto prazo”, disse o presidente do conselho de administração do CHUC, Carlos Santos.
Falando aos jornalistas no polo dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) depois da apresentação do documento aos profissionais de saúde, o administrador explicou que a solução para a nova maternidade “está por dias”, mas que ainda não consta do plano “por uma razão que tem a ver com a necessidade de acautelar com o novo executivo camarário um conjunto de requisitos necessários para o sucesso do projeto”.
O presidente do CHUC voltou a frisar que a localização da nova maternidade, que vai substituir as duas existentes na cidade de Coimbra, tem de “respeitar fundamentalmente requisitos de natureza técnica, clínica e científica”.
“Não existem dúvidas da parte de ninguém de que essa localização tem de ser junto a uma unidade hospitalar que assegure o apoio perinatal altamente diferenciado e, portanto, nesse sentido, espero que estejam reunidas todas as condições para que a unidade de apoio possa ser referência para a localização do novo serviço”, referiu.
Para o Hospital dos Covões, Carlos Santos adiantou que está prevista a sua “valorização numa lógica de integração em lógica de centro hospitalar, ou seja, o CHUC nunca criará situações de concorrência dentro das suas unidades hospitalares, porque não é esse o nosso caderno de encargos”.
Salientado que aquela unidade hospitalar é “essencial na estratégia do CHUC”, o responsável frisou que tem “uma fortíssima componente de cirurgia de ambulatório”, além de áreas de excelência “como são exemplos os implantes cocleares ou o medicina do sono e outros que estão em desenvolvimento, como a reabilitação cardiorrespiratória e a unidade de envelhecimento ativo e saudável, esta apoiada num projeto com várias entidades, entre elas a Universidade de Coimbrão com uma componente forte de investigação”.
Segundo afirmou, está prevista a construção de um edifício de raiz, ligado ao edifício principal, que vai “acomodar cerca de 25 a 30% de toda a atividade em ambulatório que neste momento existe no polo dos HUC”.
“Isto permite um foco na vertente ambulatória e a deslocalização desta atividade permitirá descongestionar um número muito significativo de consultas e atribuir uma outra vida e outro futuro ao Hospital dos Covões, nesta lógica integrada de centro hospitalar”, disse.
Depois de aprovado o projeto, que neste momento ainda é só uma intenção, o novo edifício vai ter um prazo de execução de dois anos.
O polo HUC, segundo Carlos Santos, vai continuar a localizar as respostas “altamente diferenciadas”, como as vias verde AVC, coronária e a aposta na criação e implementação da via verde do trauma, bem como toda a cirurgia altamente diferenciada e a atividade clínica mais complexa, em complementaridade com o Hospital Pediátrico.
LUSA/HN
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