“O reforço das equipas de Cirurgia Geral é prioritário para o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), prioridade partilhada com os profissionais do Serviço e assumida nos diálogos das últimas semanas”, adiantou a fonte do centro hospitalar em resposta à agência Lusa sobre o anúncio de recrutamento divulgado pela instituição.
Os 10 chefes de equipa de urgência cirúrgica do Hospital Santa Maria enviaram no dia 10 de novembro uma carta de demissão em bloco, que concretizaram na segunda-feira, em que afirmavam que a urgência cirúrgica “vem-se degradando nos últimos anos” e que “a escala de urgência de cirurgia geral não é exequível, segundo o regulamento de constituição das equipas de urgência”.
No dia em que os especialistas concretizaram a demissão, o CHULN adiantou que Direção Clínica realizou nas últimas duas semanas cinco reuniões com os especialistas e os assistentes hospitalares de Cirurgia Geral, com o objetivo de resolver questões levantadas na missiva.
Resultante destes encontros, adiantou, a direção clínica “consensualizou alterações em protocolos de resposta do serviço de urgência, indo ao encontro das reivindicações apresentadas, mudanças assumidas por escrito em documentos enviados pelo diretor clínico a elencar as principais medidas a serem implementadas e a sublinhar disponibilidade para aprofundamento de outras”, mas os chefes da equipa cirúrgica entendem que não foram resolvidas todas as questões identificadas.
Na resposta enviada hoje à Lusa, o CHULN afirma que tem “feito uso de todos os mecanismos disponíveis para reforçar o quadro médico desta especialidade”, nomeadamente com abertura de vagas em concursos para contratação sem termo de especialistas de Cirurgia Geral e com vagas disponibilizadas nos últimos concursos, de acordo com as conclusões de internato.
Estas últimas vagas resultaram na entrada de mais cinco médicos no quadro do Serviço de Urgência Central, dos quais três em 2019, um em 2020 e mais um este ano e há mais duas vagas pedidas para segunda época.
O centro hospitalar adianta que tem usado o mecanismo de contratação sempre que são “identificadas disponibilidades por parte de profissionais no mercado, de elementos em prestação de serviços, em particular para a integração nas equipas de urgência, onde se insere o anúncio agora publicado”.
Sublinha ainda que mantém assinalada como prioritária junto da tutela a Especialidade de Cirurgia Geral, seja para contratação de especialistas, seja para criação de vagas para internos de formação específica.
O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte reitera “a total abertura negocial e manutenção de canais de diálogo para encontrar soluções em conjunto com os seus profissionais, tudo fazendo para manter o normal funcionamento da Urgência Central e o reforço das equipas”.
LUSA/HN
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