Pedido de teste para entrar em Cabo Verde mostra prioridade da saúde sobre economia, diz Governo

3 de Dezembro 2021

O Governo cabo-verdiano salientou esta sexta-feira que pretendeu salvaguardar a vida humana sobre outras áreas, como a economia ou turismo, ao restabelecer a obrigatoriedade de apresentação de resultado negativo de teste à Covid-19 à entrada no país.

“Neste, ou em qualquer momento, o Governo tem sempre em atenção a vida humana. Só poderemos ter a retoma do turismo e a retoma económica com um país saudável e com um país livre ou pelo menos com nível aceitável em termos de vírus”, disse a ministra da Presidência, Filomena Gonçalves, em conferência de imprensa, na cidade da Praia, para dar a conhecer as decisões saídas do Conselho de Ministros, que esteve reunido na quinta-feira.

“Isto quer dizer que o Governo está alerta Desde o início da pandemia, [Cabo Verde] sempre tomou as medidas que se impuseram em relação ao combate ao vírus. A vida humana é a prioridade de todos os cabo-verdianos”, completou a porta-voz do Governo.

Conforme resolução do Conselho de Ministros que entrou em vigor hoje, o país restabeleceu a obrigatoriedade de apresentação de resultado negativo de teste à Covid-19 à entrada no país e admite restringir o acesso de países de “maior risco”, segundo o Governo.

A medida é justificada com a “preocupação que a rápida dinâmica de propagação da variante Ómicron tem revelado desde a sua notificação pela primeira vez à OMS [Organização Mundial da Saúde] no passado dia 24 de novembro.

A ministra garantiu que o Governo e as outras instituições cabo-verdianas estão a acompanhar o evoluir da situação “com muita atenção” e apelou a todos para respeitarem as regras de combate à pandemia, como distanciamento físico, uso de máscaras e de álcool gel.

“Porque nós estamos num mês que nós sabemos que é o mês da família, de festas, mas só poderemos comemorar em pleno se estivermos numa boa situação sanitária no país, se estivermos todos de saúde e com vida”, afirmou a ministra, que apelou a todos os cabo-verdianos para aderirem à campanha de vacinação.

Conforme a resolução, passam assim a ser exigidos, novamente, resultados negativos para covid-19 de teste PCR realizado até 72 horas da hora de embarque ou de teste rápido de antigénio realizado até 48 horas antes, para apresentação por “todos os passageiros e tripulantes que se desloquem por meios aéreos ou marítimos em viagens internacionais com destino a Cabo Verde”, para “efeitos de entrada no território nacional”.

Esta decisão aplica-se independentemente da apresentação do certificado Covid-19 de vacinação, medida que desde agosto permite, nas viagens internacionais, a entrada em Cabo Verde sem necessidade de realização de teste.

“Sempre que se justifique, pode ser restringida a entrada de passageiros e tripulares no território nacional provenientes de países que à luz dos critérios científicos possam representar maior risco, nos termos da lista a publicar pela Direção Nacional de Saúde”, prevê igualmente a resolução.

Cabo Verde tem atualmente 71 casos ativos de Covid-19 e soma desde março de 2020 um total de 350 óbitos por complicações associadas à doença e de 38.405 casos positivos acumulados e 37.959recuperados.

Até segunda-feira, 82,8% das pessoas adultas já tinha recebido a primeira dose das vacinas contra a covid-19 e o país tinha a taxa de 67,6% de pessoas completamente vacinadas.

A Covid-19 provocou pelo menos 5.223.072 mortes em todo o mundo, entre mais de 262,93 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, foi recentemente detetada na África do Sul, tendo sido identificados, até ao momento, 19 casos em Portugal.

LUSA/HN

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