Durante uma entrevista ao programa televisivo Fox & Friends, o Presidente norte-americano assegurou: “A minha opinião é a de que as escolas devem abrir”, acrescentando que “isto (a pandemia do novo coronavírus) vai desaparecer, como as coisas desaparecem”.
Na altura, Trump disse ainda que o vírus só afetou “uma parte relativamente pequena” do país.
No total, os EUA já superaram os 4,79 milhões de infetados e contabilizaram 157.266 mortes devido ao novo coronavírus, segundo a registo mais recente da Universidade Johns Hopkins.
A justificar a sua insistência na abertura das aulas presenciais, Trump afirmou que “alguns médicos” dizem que “as crianças são “totalmente imunes” ao vírus, se bem que de imediato tenha recuado, dizendo que iria ser criticado por tal afirmação.
Contudo, repetiu: As crianças “são praticamente imunes a este problema e temos de abrir as nossas escolas”.
Estes comentários causaram imediatamente polémica nas redes sociais, em particular da Twitter.
Quem discorda desta opinião é o principal epidemiologista dos EUA, Anthony Fauci, que tem explicado por diversas vezes que a evidência científica indica que as crianças podem ter um papel crucial na transmissão comunitária do vírus.
Fauci admite a abertura das escolas, sempre que as condições de segurança o permitam, porque ajuda o desenvolvimento psicológico e nutricional dos estudantes.
A decisão de abrir as aulas presenciais vai ser tomada, em última instância, pelos cerca de 14 mil distritos escolares, repartidos pelo país, conforme a informação existente e as medidas tomadas nestas administrações.
No caso das escolas públicas de Chicago, o terceiro sistema escolar dos EUA, o próximo ano escolar vai começar em ambiente totalmente virtual, para todos os estudantes, por causa da pandemia, anunciou na quarta-feira este distrito.
“Valorizamos os comentários dos pais e não podemos ignorar que uma grande percentagem deles indicaram que não se sentem tranquilos a enviar os seus filhos (para as escolas), para o início do ano escolar”, disse a diretora executiva do distrito, Janice K. Jackson, em comunicado.
LUSA/HN
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